PUBLICIDADE

A crise tem saída, crer, ousar e fazer

Quando o marechal Deodoro da Fonseca proclamou a república, em 1889, ele pretendia inaugurar uma nova era na economia ao autorizar vários bancos a emitirem dinheiro

Imagem ilustrativa da imagem A crise tem saída, crer, ousar e fazer

Por Jorginho Vieira

A própria história e a econômica nacional nos trás ensinamentos, quando D. Pedro I proclamou a Independência, em 1822, o país vivia uma profunda crise econômica. Na década de 1820, as exportações de açúcar, que haviam movido a economia por séculos, estavam em baixa, e o governo foi obrigado a tomar altos empréstimos na Inglaterra para indenizar Portugal pela Independência, a situação só começou a mudar na década de 1840, quando a exportação de café tornou-se o novo motor da economia nacional.

Quando o marechal Deodoro da Fonseca proclamou a república, em 1889, ele pretendia inaugurar uma nova era na economia ao autorizar vários bancos a emitirem dinheiro e fazerem empréstimos à população, intenção do plano, do então ministro Ruy Barbosa, era estimular os negócios e a industrialização, mas o resultado foi catastrófico, uma enorme crise especulativa em 1891, falências, inflação fora de controle afundaram a economia, que só foi superada no começo da década seguinte, quando o governo Campos Salles (1898-1902) realizou um duro ajuste fiscal colocando as contas do país em ordem.

A quebra da bolsa de Nova York, em 1929, teve graves consequências para a economia brasileira, os principais países compradores do café brasileiro derrubaram as vendas do produto, na década de 1930, o governo de Getúlio Vargas chegou a comprar sacas de café e queimá-las, mesmo diante de tantas dificuldades, Vargas fez uma aposta, começou a investir na criação da infraestrutura para o desenvolvimento da indústria, deu certo e abriu caminho para a industrialização do país ao longo das décadas de 1940 e 50.

O processo de industrialização abriu caminho para o “Milagre Econômico”, o PIB crescia em média 10% ao ano entre 1968 e 1973, com isso o governo do general Ernesto Geisel (1974-1979) tomou vários empréstimos nos Estados Unidos, em 1979 o governo norte-americano aumentou à taxa de juros, a dívida e a inflação dispararam, iniciando à pior crise econômica da história do Brasil, que se arrastou por toda a década de 1980, apesar dos vários planos econômicos durante o governo de José Sarney.

O cenário só foi revertido em 1994, quando o Plano Real finalmente estabilizou a economia, mas a um custo muito alto, para manter o real valorizado e garantir os pagamentos dos juros da dívida externa, o governo de Fernando Henrique Cardoso aumentou os juros, privatizou várias empresas públicas, o que enfraqueceu a indústria nacional e deixou a economia vulnerável a variações em economias externas.

Em janeiro de 1999, com as crises asiática e russa a economia não resistiu, o Banco Central promoveu a desvalorização do real e a estagnação da econômica, revertida a partir de 2004, quando o governo de Luís Inácio Lula da Silva deu início a um fortalecimento do mercado interno, abriu um novo ciclo de crescimento, que agora entendemos como, com fraudes e roubos a cofres públicos e repasse em licitações fraudulentas, crises sempre tivemos por decisões na economia interna ou por consequência da economia externa, mas a crise atual tem um aspecto muito preocupante, não se trata só de economia trata-se de crise institucional de todos os poderes, envolvendo muitos partidos e políticos, não será uma decisão política e sim a mudança de atitude da população para sairmos dessa crise, temos que “crer, ousar e fazer”.

Jorginho Vieira é colaborador do Jornal da Manhã

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MAIS DE DEBATES

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

DESTAQUES

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MIX

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE