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Déjà vu jurássico

Os novos dinossauros que invadiram os cinemas aumentam o respeito a Steven Spielberg: após 22 anos, os efeitos do primeiro filme não ficam muito atrás dos apresentados agora

Do francês vem a expressão “déjà vu”, “já visto”. É aquela sensação de já ter passado por uma situação, de já ter visto alguém ou algo. Do inglês vem o termo “reboot”, que significa “reinicialização”. É uma palavra bem da moda na indústria cultural para designar a estratégia de relançar uma história sem necessariamente dar continuidade à inicial, apenas destacando elementos considerados importantes da primeira e remodelando-os. Pois ‘Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros’, do diretor Colin Trevorrow, é um reboot. E, com ele, vem a forte sensação de déjà vu, tão típica dos reboots, enfim.

A todo momento, enquanto se acompanha esta nova investida de Hollywood na franquia dos jurássicos grandões (com histórias lançadas em 1993, 1997 e 2001), fica difícil não se deixar levar pelas lembranças do primeiro filme. Aquele, lá de 1993, dirigido por Steven Spielberg. Com ‘Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros’, é fácil entender o porquê de Spielberg ser reverenciado como um dos grandes mestres da sétima arte em seu viés do entretenimento.

Claro: o “renascimento” da história busca lucrar com a evolução da computação gráfica e da tecnologia 3D. Afinal, é difícil acreditar que alguém vá para o cinema ver um filme como este esperando um roteiro cuidadosamente elaborado. O que está em jogo é a sedução dos efeitos, a sensação de “realidade” que eles provocam, o seu poder de encantamento e convencimento. Porém, até nesse ponto é possível respeitar ainda mais Spielberg: o primeiro filme não deixa a desejar a este último, mesmo com a evolução na computação gráfica, no 3D e afins. Logicamente, há avanços. Mas considerando que há exatos 22 anos (‘Jurassic Park’ foi lançado no Brasil em junho de 1993) a tecnologia era bem mais modesta, a investida de Spielberg é de “tirar o chapéu”.

Deixando de lado essa devoção ao primeiro filme, convém dizer que este projeto agora assinado por Colin Trevorrow cumpre bem o seu papel de entreter. Dificilmente alguém sairá insatisfeito com o que verá em meio aos personagens de Bryce Dallas Howard (Claire) e Chris Pratt (Owen): ela vendo os dinossauros como números em uma planilha de custos e lucros; ele, enxergando os grandes bichos como seres vivos que precisam de atenção.

Tiago Luiz Bubniak - [email protected]
Jornalista e crítico de cinema

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