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Discussão sobre homeschooling é ‘perda de tempo’, diz Esméria

<b style="font-family: &quot;Titillium Lt&quot;; color: rgb(0, 0, 0);">Secretária de Educação repudiou tramitação de projeto de lei que prevê a regulamentação local do ensino domiciliar. Vereadores também criticaram proposta durante a sessão.</b>

Secretária municipal de Educação, Esméria Saveli
Secretária municipal de Educação, Esméria Saveli -

Secretária de Educação repudiou tramitação de projeto de lei que prevê a regulamentação local do ensino domiciliar. Vereadores também criticaram proposta durante a sessão.

A secretária municipal de Educação, Esméria Saveli, considerou a discussão sobre homeschooling – ensino domiciliar – no âmbito municipal uma “total perda de energia e de tempo”. A declaração diz respeito a um projeto de lei em tramitação na Câmara de Ponta Grossa que busca regulamentar a prática em nível local. Durante a sessão de quarta-feira (29) no Legislativo, vereadores também criticaram a medida, que atualmente aguarda um parecer da Comissão de Legislação, Justiça e Redação (CLJR).

“Infelizmente a Educação brasileira vem sofrendo inúmeros ataques nos últimos meses, e este é apenas mais um deles”, afirmou a secretária, em comunicado encaminhado exclusivamente ao portal aRede e ao Jornal da Manhã. “Sua discussão não tem o menor cabimento para estar presente em nossa Câmara de Vereadores. Defender uma educação caseira em um país tão desigual, que precisa tanto de investimentos e dedicação para a construção de uma escola pública gratuita e de qualidade para todos, como a que estamos construindo em Ponta Grossa, é uma total perda de energia e de tempo”, disse.

O tema gerou discussão na Câmara durante o uso da tribuna pelo vereador Pietro Arnaud (Rede), presidente da CLJR. “O projeto de homeschooling é uma ofensa aos educadores de Ponta Grossa. Estou chocado. Todas as pessoas com quem eu falo ficam constrangidas com a proposta. É um ataque frontal à Educação no Município e vai na contramão do que pretendemos para a Educação brasileira”, afirmou Arnaud.

A posição foi acompanhada pelo presidente da Mesa Executiva, Daniel Milla (PV). “[O projeto] não tem estrutura para ser aplicado em Ponta Grossa. Desprestigia a classe educadora e desvaloriza o ensino do professor. Os professores devem ser respeitados, principalmente pelo trabalho feito em sala de aula”, pediu. Assim como Arnaud, Milla pediu que o autor da proposta, vereador Felipe Passos (PSDB) retire a medida de tramitação.

Quem também lamentou o projeto foi a vereadora Professora Rose (PSB), representante da categoria no Legislativo. “Se o vereador pensar duas vezes, ele mesmo retira o projeto. Está indo na contramão da nossa Educação e desprestigiando nossos valorosos professores. As crianças precisam da escola e dos educadores para a socialização. Não existe pontos positivos no projeto”, avaliou.

Autor garantiu que seguirá com a proposta

Também durante a sessão, Felipe Passos (PSDB) afirmou que não pedirá a retirada do projeto e que pretende realizar uma audiência pública para debater sobre o tema. “Estou discutindo [a proposta] com a professora Esméria [secretária de Educação]. Trouxe um promotor de Curitiba e o presidente da Associação Nacional de Educação Domiciliar para que todos tenham a oportunidade de se debruçar diante da verdadeira face do projeto. O promotor viu total legalidade no projeto municipal, que inclusive já foi aprovado em outras cidades”, disse Passos. Por fim, ele ainda pediu que a CLJR emita um parecer em relação ao tema somente após a realização da audiência pública.

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