Cotidiano
Justiça de PG autoriza exumação de corpos de bebês
<b>Ainda não há data definida para este procedimento que será realizado no Cemitério Vicentino</b>
Da Redação | 22 de maio de 2019 - 00:29
Ainda não há data definida para este procedimento que será
realizado no Cemitério Vicentino
A Justiça de Ponta Grossa autorizou a Polícia Civil a exumar
os corpos dos dois bebês que teriam sido trocados no Hospital Santa Casa de
Misericórdia. A informação foi confirmada no final da tarde dessa terça-feira
(21), pelo delegado Maurício Souza da Luz, ao portal aRede. ‘Foi deferido um
pedido da família, já oficiamos o IML e aguardamos o agendamento’, diz a
autoridade policial. Ainda não há data definida para este procedimento que será
realizado no Cemitério Vicentino.
Entenda o caso
O caso veio à tona após familiares desconfiarem da aparência
de uma das crianças. A suspeita dos familiares é de que o bebê de Ponta Grossa
tenha sido trocado com outro, sepultado sem identificação.
De acordo com o boletim registrado pela Polícia Militar, uma
das mães passou por uma cirurgia cesariana no dia 10 de maio, quando nasceram
duas filhas gêmeas. Uma delas faleceu poucos dias depois, sendo sepultada
conforme todos os procedimentos legais.
Na última quinta-feira (16), a família recebeu a informação
do hospital de que a outra menina também havia falecido, mas que ela ficaria no
necrotério até a manhã de sexta-feira (17), quando seria liberada para
sepultamento no Cemitério Vicentino. No dia combinado, os familiares levaram a
certidão de óbito ao hospital, onde uma assistente social os levou até a bebê –
que, inclusive, foi vestida pela família, segundo a PM.
No momento em que o bebê era levado ao cemitério, os
familiares notaram que não se tratava de uma menina, e sim de um menino – a
fita de identificação no braço da criança era da cor azul, característica que
identifica crianças do sexo masculino em hospitais brasileiros. O nome da
criança também não batia com o escolhido pelos pais. Segundo a família, o sexo
não foi identificado durante a troca de roupas porque a criança estava de
fraldas.
A família retornou ao hospital e pediu explicações sobre a
troca. Segundo o boletim de ocorrência feito pela PM, uma funcionária do
hospital avisou a família que a filha havia sido encaminhada para a funerária
já na noite anterior. Em contato com a funerária, os familiares ficaram sabendo
que o corpo da menina já havia sido enterrado, sem identificação, na manhã de
sexta-feira (10).