Cotidiano
Governo confirma 26 novos casos de sarampo no Paraná
O secretário alerta para casos em crianças, mais suscetíveis à complicações do sarampo.
Da Redação | 27 de setembro de 2019 - 09:50
O secretário alerta para casos em crianças, mais suscetíveis à complicações do sarampo.
A secretaria da Saúde do Paraná confirmou mais 26 casos de
sarampo na última semana. Até o dia 21 de setembro, os números são de 39
pacientes com a doença, 217 em investigação e 37 já descartados. “A nossa
preocupação continua e está maior nesse momento que identificamos casos de
pessoas contaminadas no Paraná, sem sair do Estado. Isso demonstra que o vírus
já está circulando por aqui”, ressalta o secretário da Saúde, Beto Preto.
Os municípios que registram ocorrência da doença são:
Campina Grande do Sul (1 caso), Campo Largo (1), Colombo (2), Curitiba (28),
Fazenda Rio Grande (1), Pinhais (1), Ponta Grossa (1), Maringá (2), Rolândia
(1) e Jacarezinho (1).
O secretário alerta para casos em crianças, mais suscetíveis
à complicações do sarampo. “O que nos chama muito a atenção nestes novos
registros são os dois bebês, com cinco meses de vida e que estão com sarampo.
Nessa fase de vida eles estão vulneráveis porque não devem receber a vacina.
Mas, certamente, pessoas que estão com o vírus tiveram contato próximo com
essas crianças.”
O panorama em relação à faixa de idade mostra que a maioria
dos casos confirmados.
Cenário nacional
O Brasil registra 4.507 casos confirmados de sarampo em 19
estados, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde referente ao
período de 30 de junho a 21 de setembro. Destes registros, 97,5% estão
concentrados em 168 municípios de São Paulo, principalmente na região
metropolitana da capital. No Paraná já são dez cidades com registro de sarampo.
Doença
O sarampo é uma doença infecciosa, transmitida por vírus e
que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações
decorrentes do sarampo são mais graves em crianças menores de cinco anos e
podem causar meningite, encefalite, pneumonia, entre outras.
O vírus é transmitido pela respiração, fala, tosse e
espirro. As micropartículas virais ficam suspensas no ar, por isso o alto poder
de contágio da doença. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, coriza,
conjuntivite, exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no
rosto e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo), outros sintomas como
cefaleia, indisposição e diarreia também podem ocorrer.
Como não existe tratamento específico para o sarampo, é
importante ficar atento com o aparecimento dos sintomas. Os doentes ficam em
isolamento domiciliar ou hospitalar por um período de sete dias a partir do
aparecimento das manchas vermelhas no corpo.
Vacinação
A vacinação é a melhor maneira de prevenir o sarampo. A
Secretaria da Saúde orienta para que a população fique atenta às datas da
carteira de vacinação e aos registros de doses.
A dose zero deve ser aplicada em crianças entre seis e onze
meses.
A dose 2 aos 15 meses com a vacina tetra viral (que previne
sarampo, rubéola, caxumba e varicela/catapora).
A população com até 29 anos deve receber duas doses da
vacina. E para as pessoas que estão no grupo com idade entre 30 e 49 anos basta
ter o registro de uma dose são consideradas vacinadas.
Acima dos 50 anos, a vacina é indicada apenas nos casos de
bloqueio vacinal após a exposição com casos de suspeita da doença ou
confirmados.
Mulheres que estão amamentando podem ser vacinadas e as que
desejam engravidar devem aguardar no mínimo 30 dias após receber a dose da
vacina.
Os profissionais da área da saúde devem ser vacinados com as duas doses da tríplice viral em qualquer faixa etária, independente se atuam na atenção primária, secundária ou terciária.
A dose número 1 aos 12 meses de vida com a vacina tríplice
viral (que previne sarampo, caxumba e rubéola).