Cotidiano
Cidade da região enfrenta surto de dengue
Sengés, que faz divisa com o estado de São Paulo, tem cerca de 19 mil habitantes e contabiliza 73 casos confirmados da doença
Da Redação | 13 de janeiro de 2021 - 03:04
Sengés, que faz divisa com o estado de São Paulo, tem cerca
de 19 mil habitantes e contabiliza 73 casos confirmados da doença
A Secretaria da Saúde realiza neste momento
força-tarefa para atendimento a um surto no município de Sengés, na região dos
Campos Gerais. A cidade, que faz divisa com o estado de São Paulo, tem cerca de
19 mil habitantes e contabiliza 73 casos confirmados da doença.
“O Paraná está atento à dengue e faz, desde a última semana
de dezembro, um trabalho de contenção de surto em Sengés, visitando todas as
casas de bairros que apresentam infestação do mosquito transmissor da dengue
para eliminação dos criadouros e orientação da população”, afirma o secretário
de Estado da Saúde, Beto Preto.
O trabalho em Sengés segue os protocolos de
prevenção da Covid-19 e continua até o fim desta semana, envolvendo
profissionais das Regionais de Saúde de Jacarezinho e de Ponta Grossa, além de
técnicos da vigilância do município.
Cerca de 1.300 imóveis dos bairros Vila São Pedro e Conjunto
Habitacional Osvaldo Sampaio já foram visitados pelas equipes. Em cerca de 500
foram encontrados criadouros do Aedes aegypti, nos quintais e nas varandas
das casas.
As equipes detectaram e removeram de forma mecânica centenas
de criadouros em recipientes usados para armazenar água como baldes, caixas
d´água e tanques.
“O problema é que estes reservatórios improvisados estavam
descobertos, por isso, além da remoção dos focos, as equipes da vigilância
orientaram os moradores sobre a necessidade da proteção no caso do
armazenamento de água. É preciso tampar ou colocar tela nestes recipientes”,
informou a coordenadora de Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde, Ivana
Belmonte.
Segundo a coordenadora, os técnicos encontraram, ainda,
criadouros considerados “clássicos”, como em pratinhos de vasos de plantas,
pneus, baldes destampados, entulhos e lixo acumulados em ambientes externos das
casas”, relatou a coordenadora.
Quatro caminhões com lixo, contendo vários tipos de
recipientes e vasilhames que serviam de criadouro para o mosquito foram
retirados até agora. “Com este trabalho conseguimos eliminar milhares de larvas
do Aedes aegypti, que ao completarem o ciclo para a fase alada estariam
transmitindo a dengue”, disse o biólogo Rubens Massafera responsável pelo
Núcleo de Vigilância Entomológica da 19ª Regional de Jacarezinho.
As equipes da Secretaria da Saúde também
estão instalando armadilhas para mensurar a presença do vetor em outros bairros
da cidade. São armadilhas do tipo Ovitampra incorporadas pelo Programa Nacional
de Controle da Dengue e que reproduzem o ambiente de um criadouro para efeito
de pesquisa. Das 15 primeiras armadilhas instaladas, 10 detectaram e presença
do mosquito Aedes aegypti.