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Pai de santo é condenado a 79 anos de prisão em Curitiba

Entre as vítimas, estaria a própria afilhada dele; uma mulher ficou grávida

A esposa do suposto pai de santo, de 23 anos, que também é ré no processo, foi absolvida pelo MPPR sob a afirmação de que faltavam provas ao dolo dela nos crimes.
A esposa do suposto pai de santo, de 23 anos, que também é ré no processo, foi absolvida pelo MPPR sob a afirmação de que faltavam provas ao dolo dela nos crimes. -

Entre as vítimas, estaria a própria afilhada dele; uma mulher ficou grávida

Um homem, de 29 anos, que se apresentava como pai de santo, no bairro Pinheirinho, em Curitiba, foi condenado a 79 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de estupro, violação sexual mediante fraude, charlatanismo, sequestro, cárcere privado e redução à condição análoga à de escravo. O réu e a esposa foram presos em julho do ano passado.

A condenação foi decidida nesta quarta-feira (10) pelo Juízo da Vara de Infrações Penais Contra Crianças, Adolescentes e Idosos de Curitiba. Apesar disso, cabe recurso da decisão. O Ministério Público do Paraná (MPPR) explicou que o processo tramita sob sigilo para proteger as vítimas.

De acordo com o MPPR, o criminoso se aproveitava do contexto religioso para submeter mulheres a práticas sexuais, além de torturá-las. Entre as quatro vítimas citadas na denúncia, há uma adolescente que tinha 15 anos na época, em 2019.

A esposa do suposto pai de santo, de 23 anos, que também é ré no processo, foi absolvida pelo MPPR sob a afirmação de que faltavam provas ao dolo dela nos crimes. À época, ela foi denunciada por coautoria na prática do crime de violação sexual mediante fraude. Segundo os depoimentos feitos à Polícia Civil, a mulher preparava as vítimas para os rituais religiosos tendo plena consciência de que seria praticada a violência sexual.

Crimes

Conforme divulgado pela Polícia Civil do Paraná (PCPR), as mulheres procuravam os réus em busca de rituais religiosos, mas, muitas vezes, eram obrigadas a terem relações sexuais com o suposto líder religioso.

“Ele dizia para as mulheres que incorporava entidades na hora de praticar o estupro. Também temos o relato de que algumas vítimas eram mantidas em cárcere privado, sendo obrigadas a limpar o local e impedidas de sair”, afirmou o delegado da PCPR, Rinaldo Ivanike, à Banda B, em julho de 2020.

Vítimas

Ao menos 15 vítimas procuraram a Polícia Civil para denunciar os casos envolvendo o réu e a esposa dele. Até o dia da prisão, no dia 20 de julho de 2019, seis mulheres relataram os crimes na delegacia, entre elas a adolescente.

Quatro dias após ser preso, outras nove vítimas já haviam sido ouvidas pelos investigadores. Uma das mulheres abusadas seria afilhada do suposto pai de santo. Segundo o Ministério Público do Paraná, uma das vítimas chegou a ficar grávida do criminoso.

Informações Banda B

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