Cotidiano
Homem é condenado a 12 anos de prisão em PG
José Carlos Rocha Junior cumprirá penas pelos crimes de tentativas de homicídio triplamente qualificado e feminicídio
Da Redação | 12 de março de 2021 - 09:31
José Carlos Rocha Junior cumprirá penas pelos crimes de tentativas de homicídio triplamente qualificado e feminicídio
O Tribunal do Júri de Ponta Grossa condenou nesta quinta
(11), o réu José Carlos Rocha Junior a cumprir a pena de 12 anos e dez meses de
reclusão, em regime fechado, pelos crimes de tentativa de homicídio triplamente
qualificado e feminicídio contra a vítima M.C.S. Ele ainda foi condenado pelo
júri a pena de seis meses de detenção por embriagues ao volante e seis meses de
detenção por fraude processual.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público em 22
de maio de 2020, por volta das 8h, na via pública denominada Rua Watt, na
região da Colônia Dona Luiza, em Ponta Grossa, o denunciado Jose Carlos
conduzia o veículo automotor Fiat/Uno, de placa CYP-5952, com a capacidade
psicomotora alterada em razão da influência de álcool e de cocaína, quando
tentou matar a vítima M.C.S., atropelando-a com o seu carro. Além disso, ele
teria enforcado a mulher e realizado golpes contra a sua cabeça.
O crime foi cometido por motivo torpe (insignificante),
pois, José Carlos cometeu a tentativa de homicídio devido à vítima, momentos
antes das agressões, ter ignorado sua provocação, assediando-a sexualmente.
Para os advogados Gustavo Madureira e Herculano Abreu Filho, que representam a
M.C.S., a pena ainda não é justa.
Para Madureira, o crime foi “extremamente grave”, deixando
sequelas na vítima, pois a mesma foi espancada e teve seu rosto desfigurado.
Ainda, Jose teria quebrado o joelho da mulher e tentado enforca-la. Dessa
forma, segundo Madureira, o réu merecia uma pena maior.
Advogado de defesa vai recorrer
De acordo com o defensor de Jose, Julio Cesar Gonçalves, os
jurados acabaram se equivocando em algumas situações, além de acreditar que a
pena imposta pelo júri tenha sido “exacerbada”. “Muito pesada essa pena para
uma tentativa de homicídio”, disse o advogado. Ele ainda parabenizou o trabalho
do magistrado, pela explicação realizada aos jurados, entretanto “para os
leigos, do ponto de vista da interpretação daquilo que aconteceu, por vezes
eles acabam se perdendo”, explica Julio.
Questionado sobre se a defesa recorreria a sentença, o
advogado confirmou que já foi feita uma solicitação na ata do Tribunal do Júri
e que em cinco dias a apelação será feita. “Na nossa visão dos fatos, os
jurados se equivocaram em algumas votações e foram contra àquilo que foi
comprovado nos autos, especificamente falando do crime de tentativa de
homicídio qualificado”, finalizou.