Cotidiano
Abandono das estradas após pedágio preocupa TCE-PR
Conselheiro demonstrou preocupação com o estado de abandono das rodovias estaduais e federais que faziam parte do Anel de Integração.
Da Redação | 15 de abril de 2022 - 03:19
Conselheiro demonstrou preocupação com o estado de abandono das rodovias estaduais e federais que faziam parte do Anel de Integração
O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), por meio
de diversas manifestações na sessão do Tribunal Pleno desta quarta-feira (13 de
abril) à tarde, demonstrou preocupação com o estado de abandono das rodovias
estaduais e federais que faziam parte do Anel de Integração. O assunto foi
levantado pelo presidente, conselheiro Fabio Camargo, a partir da notícia da
morte de um motorista de caminhão que bateu na estrutura onde era cobrado
anteriormente o pedágio, em São Luiz do Purunã. A estrutura não possui
iluminação e o acidente aconteceu à noite.
Camargo lembrou que, antes do encerramento dos contratos do
pedágio, alertou para o que seria "uma tragédia anunciada": o fato de
várias providências não terem sido tomadas pelos órgãos oficiais antes do fim
da cobrança do pedágio. Disse que no mesmo local já ocorreram diversos
acidentes por falta de iluminação e sinalização.
Investigação
Na sessão, na qual foi aprovado um processo de Homologação
de Recomendações aos órgãos envolvidos com a questão das estradas, o
conselheiro relator, Fernando Guimarães, afirmou ter pedido uma investigação à
sua Inspetoria de Controle Externo sobre o ocorrido, embora ressalvando que as
instalações das praças de pedágio seriam patrimônio do governo federal, a quem
caberia removê-las.
Mesmo assim, Guimarães criticou a demora nas providências
que antecederam o fim do pedágio, a falta de guinchos e a demora do governo
federal em promover o processo licitatório das novas concessionárias.
Também o conselheiro Durval Amaral criticou o estado de
abandono, especialmente da Rodovia do Café, estrada que percorre semanalmente e
onde todas as cinco antigas praças de pedágio estão abandonadas, totalmente no
escuro, ao mesmo tempo em que a pista está esburacada, sem manutenção.
Se associou ainda aos conselheiros a procuradora-geral do
Ministério Público de Contas (MPC-PR), Valéria Borba, que lamentou "não
apenas esta, mas todas as mortes já registradas". Ela lembrou que obras
previstas em contratos, como duplicações, não foram concluídas, embora toda a
cobrança da sociedade.