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Pedestres vivem rotina de perigo em Ponta Grossa

Idosos, ciclistas e até mesmo crianças se arriscam entre o fluxo intenso de caminhões e carros que passam pelo trecho urbano da BR-376. Em 2014 foram registrados 270 acidentes na via, envolvendo 783 pessoas. Conscientização é apontada como solução

Neste último dia de maio, mês em que várias ações da campanha “Maio Amarelo” chamaram a atenção da sociedade para os altos índices de acidentes no trânsito, a reportagem do Jornal da Manhã apresenta flagrantes da rotina perigosa que muitos pedestres enfrentam no trecho urbano da BR-376, também conhecido como Avenida Presidente Kennedy. Os registros foram feitos na manhã da última sexta-feira, durante uma hora, entre o viaduto Eurico Batista Rosas - também ponto de convergência da Avenida Souza Naves (BR-373) e da Avenida Flávio Carvalho Guimarães (PR-151) – e a primeira passarela do Núcleo Santa Paula.

Em um dos casos, uma criança – com uniforme escolar e mochila – aguarda ao lado da via o “melhor” momento para atravessar entre os veículos. Um dos caminhões chega a passar menos de um metro dela.
Na outra situação, uma idosa faz a travessia das cinco pistas sem se importar com o número de veículos que passam pelo local. Ela utiliza uma passagem entre as defensas metálicas instaladas no canteiro central da rodovia.

E as imprudências se repetem. Em outro caso um ciclista, com fone de ouvido, faz “zigue-zague” entre os carros para passar de um lado ao outro da Avenida, aproveitando a diminuição da velocidade dos automotores em virtude de uma lombada eletrônica instalada na via. Devido ao comércio de peças automotivas nos dois lados da rodovia, a correria também é registrada entre funcionários de lojas e oficinas- é constante o leva e traz de produtos entre os estabelecimentos.
Dados repassados pela assessoria de comunicação da CCR Rodonorte, concessionária que administra o trecho, mostram que em 2014 foram registrados 270 acidentes na via, envolvendo 783 pessoas (considerando óbitos, ferimentos leves, moderados e graves, além de recusa de atendimento). Os números englobam todos os tipos de ocorrência, não apenas os atropelamentos.
A título de comparação, na Avenida Souza Naves ocorreram 181 acidentes, com 545 vítimas. Já na Avenida Flávio Carvalho Guimarães foram 102 acidentes, com 304 envolvidos.

ARCO NORTE É A SOLUÇÃO
Concessionária reivindica novo contorno
Em contato com a assessoria de comunicação da CCR Rodonorte, concessionária que administra o trecho em que foram feitos os flagrantes, foi informado que, com base no contrato, não existe a previsão de instalação de outra passarela no local e nem do fechamento da passagem existente entre as defensas metálicas da rodovia. Segundo a assessoria, isso seriam medidas paliativas. A concessionária reivindica, junto aos órgãos competentes do município, a criação de um novo contorno para tentar amenizar o conflito existente entre o tráfego rodoviário e urbano. Além disso, a empresa relata que mantem sistematicamente ações de conscientização junto aos pedestres e motoristas. Um desses trabalhos é o “Estrada para a Cidadania”, que age nas escolas instaladas próximo as rodovias. Em específico para a via tratada na reportagem, nos próximos dias serão trocadas as campanhas de comunicação da empresa na tentativa de ampliar o alerta dos perigos da rodovia.

O QUÊ
>> Análise
Na região cortada pela Avenida Presidente Kennedy, Avenida Souza Naves e da Avenida Flávio Carvalho Guimarães são 82 vilas e núcleos habitacionais em que vivem 150 mil pessoas. Ao todo, 70 escolas estão instaladas nesses locais. Segundo a CCR Rodonorte, a proximidade da população com os trechos urbanos faz crescer em quatro vezes o número de acidentes do que apenas em trechos rodoviários.

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