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Quem ganha com a chegada do Uber em PG?

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Por Geraldo Stocco  

As relações de trabalho tem mudado e a chegada do aplicativo Uber é um dos casos mais exemplares desta alteração – desde abril, os motoristas da empresa tem atuado em Ponta Grossa. A pergunta que fica é: Quem ganha com a chegada do Uber em PG? A atuação do aplicativo muda o cenário do transporte público (seja ele coletivo ou individual, no caso do Uber) e diversas autoridades já se apressaram em discutir o assunto.

Na Câmara Municipal de Ponta Grossa tramita um projeto de lei de autoria do Poder Executivo que visa regulamentar o Uber, no entanto a proposta mais atrapalha do que ajuda, uma vez que coloca os motoristas do aplicativo sob a mesma tutela do serviço municipal de táxi. A chegada do Uber deve reinventar a atuação do Estado e não fazer com que esse serviço se torne como todos os outros, super taxado e, muitas vezes, pouco atrativo comercialmente.

O Uber atinge milhares de pessoas em Ponta Grossa e milhões no mundo, ele gera renda e afeta diretamente a economia dos Municípios. O aplicativo está sendo a fonte de subsistência de várias famílias, logo a Prefeitura não pode querer impedir o serviço em nossa cidade. O governo deve achar maneiras de conciliar as novas tecnologias com os sistemas atuais de transporte, não podemos regredir.

Afinal, o serviço de táxi é uma permissão pública e só custa mais por conta do próprio governo. Diante da necessidade de novas opções de transporte, taxar o concorrente de maneira exagerada não me parece a melhor saída. No entanto, também devemos discutir sobre os possíveis desdobramentos que o Uber pode trazer ao setor do transporte coletivo, mais especificamente sobre a tarifa de ônibus de Ponta Grossa.

Com essa preocupação, devo me reunir nos próximos dias com os membros do Conselho Municipal de Transporte para discutir o tema e buscar soluções conjuntas que não façam com que a tarifa suba absurdamente em 2018. Defendo ainda que a chegada de novas tecnologias requer um novo pensamento político, um pensamento alinhado com o real interesse público e o bem da cidade de Ponta Grossa.

Além disso, é vital que haja readequação do serviço público de táxi e a manutenção das atividades do Uber – nesse caso, o Governo deve mediar a relação entre os interesses divergentes das duas categorias. É função do Estado, neste caso, encontrar um meio termo entre a inovação tecnológica e a concessão de um serviço público, como é o caso das concessões de táxi. E nós, vereadores, não podemos nos eximir em discutir o assunto.

Geraldo Stocco  é vereador e líder da Rede Sustentabilidade na Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG)

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