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O Rio é logo ali, em Nova Rússia
Da Redação | 07 de novembro de 2017 - 02:55
Na última semana, a cidade foi surpreendida com um ataque
promovido por um grupo criminoso que disparou uma saraivada de tiros contra uma
equipe de vigilantes, no momento em que abasteciam caixas eletrônicos no
interior de um shopping center, o que provocou pânico, medo, perplexidade,
danos ao patrimônio e pior, três vítimas de armas de fogo.
Destaque-se que a população brasileira tem presenciado,
rotineiramente, episódios desta natureza, através das notícias veiculadas nos
telejornais, que apresentam o caótico estado de beligerância que afeta a cidade
do Rio de Janeiro, demonstrando a ascensão do estado marginal sobre o Estado
Democrático, evidenciando um ambiente de guerra civil.
Mas, o que nos surpreende na ocorrência do tiroteio no
shopping, foi o emprego do mesmo armamento utilizado nas comunidades da capital
carioca, cujas facções ostentam e utilizam fuzis calibre 7,62. Ademais, há que
se ressaltar a forma como atuaram os criminosos que, aos moldes de grupos
guerrilheiros, emboscaram e facilmente dominaram os encurralados vigilantes, o
que desencadeou uma caçada policial em seguida.
Neste ponto, faço coro ao que declarou certa vez nosso
Secretário Municipal de Segurança, ao afirmar que “Ponta Grossa não era mais a
cidade romântica do passado”. Concordo integralmente!!! A cidade tem assumido
ares de metrópole regional nos últimos anos, principalmente se observamos nossa
atual conurbação urbana.
Paralelamente, li também neste festejado periódico,
recentemente, o anúncio propalado por políticos locais, envolvendo a entrega de
novas viaturas policiais, destinadas à recomposição da frota da altaneira
Polícia Militar princesina. Porém, nos
causa espécie ao verificarmos a marca e modelo dos veículos recém adquiridos.
Se compararmos esses veículos, pequenos e de baixa potência,
impróprios para serem empregados em acompanhamentos táticos (perseguições
policiais), vem à memória as populares “joaninhas” utilizadas pela PM carioca
nas décadas de 70 e 80. Vale lembrar, ao que se sabe, no instante em que os
criminosos evadiram-se do local, utilizaram um sofisticado veículo importado
(objeto de roubo em outro município), o qual foi abandonado posteriormente.
Acima de tudo, quero aqui lembrar os danos pessoais que a
dramática ocorrência provocou e irá, infelizmente, prolongar-se por algum
tempo, nas pessoas dos lojistas, colaboradores, clientes e transeuntes que se
achavam no local, vítimas da desastrosa política de Segurança Pública em voga
no Estado do Paraná.