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O que fazer na saúde para termos um 2022 mais tranquilo?

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Por Everson Krum 

Começamos o ano de 2022 com problemas conhecidos e que não foram solucionados nos últimos anos no setor da Saúde em Ponta Grossa e nos Campos Gerais. Em termos de comparação, começamos 2022 em uma condição muito melhor no que diz respeito à Pandemia da Covid-19 graças à vacinação. Porém, não podemos esquecer de homenagear os que nos deixaram, vítimas dessa doença e de suas famílias, além de redobrar os cuidados com novas variantes que se impõem.
Primeiro, vamos aos dados: Quando comparamos os índices de vacinados com os números de internamentos e óbitos, podemos nos orgulhar da vitória nesta batalha - mesmo com o número crescente de contaminação, o índice de internamentos e casos graves caiu drasticamente. Mas a guerra ainda não acabou. Vamos continuar vacinando a população com doses de reforço, que se mostram tão necessárias, especialmente com as novas variantes.
Neste sentido, temos que render elogios às incansáveis equipes de vacinação pela enorme dedicação e profissionalismo, superando o medo, o cansaço e honrando seus juramentos de bem servir ao paciente e ao próximo. O avanço das doses de reforço associada à vacinação de crianças deve proporcionar um cenário muito favorável ainda no primeiro trimestre do ano.
Se houver a repetição do modelo epidemiológico que ocorreu em outras cidades, teremos a epidemia de gripe Influenza, denominada de variante Darwin, pressionando nosso sistema de saúde por no máximo 50 dias. Após esse período, deveremos ter a situação em calmaria, com menos casos e sem pressão sobre a rede de atendimentos.
Portanto, na próxima campanha de vacinação só nos resta uma escolha: vacina no braço, novamente! Relembrando que o objetivo de qualquer vacina é o de prevenir contra os casos graves, evitando internamentos e óbitos. Diante disso, que sirva de aprendizado, que vacina boa é vacina no braço, inclusive contra gripe.
No que diz respeito à Saúde Básica, em Ponta Grossa e nos Campos Gerais permanecem as dificuldades em ofertar consultas e exames nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), também conhecidas como "postinhos". Isso acontece principalmente quando tratamos da oferta de exames, consultas e procedimentos especializados,  incluindo cirurgias eletivas.
Na Atenção Básica, é fundamental aumentar a oferta de médicos, superando a escassez e o desinteresse, além de fortalecer a oferta de medicamentos, coletas de exames, infraestrutura e horários de atendimento nas UBS. Um dado preocupante é que teremos somente 04 médicos pelo Programa Médicos pelo Brasil, quando já chegamos a ter 60 bolsistas no Mais Médicos. É ainda essencial contar com o apoio das Estratégias Saúde da Família, sob pena de termos ainda mais procura por atendimentos nas já sobrecarregadas e superlotadas estruturas das UPAs Santa Paula e Santana.
Estas estruturas estão sob pressão popular e da mídia, o que causa grandes dificuldades no atendimento com resolutividade dos casos que são acolhidos pelos profissionais. Se não houver descentralização e melhoria do atendimento nos bairros e vilas, a situação continuará insustentável a curto prazo
Outro aspecto que precisa ser levado em conta diz respeito às consultas especializadas que sempre representaram um déficit no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a experiência exitosa da TeleMedicina na Pandemia, uma saída para ampliar a oferta de atendimento por especialistas seria justamente usar a tecnologia para aumentar a oferta de consultas e diminuir a grande fila de espera.
É possível sim, com ética e legalidade, oferecer consultas à distância, com o uso de tecnologias, possibilitando aproximar por meios eletrônicos, médicos e profissionais de saúde com pacientes.  Com isso, otimizamos o tempo e deslocamento de doentes de outros municípios
Neste cenário, teríamos ganhos de eficiência e agilidade em atendimento que ajudariam a diminuir as filas de consultas com especialistas. Com investimentos em infraestrutura, treinamentos e utilização de modelos já adotados em outras cidades, é possível ter um grande avanço para diminuição das filas de consultas com especialistas com um custo financeiro relativamente baixo e acessível.

Everson Krum é Vice-reitor da UEPG e ex-diretor do HU-UEPG

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