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Governo não tira as tapas

Durante o 4º Simpósio Internacional de Conservação da Natureza e 8º Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, realizado em Curitiba entre os dias 21 a 25 de setembro, foi aprovada uma moção referente a priorização de áreas a serem desapropriadas no âmbito do Parque Nacional dos Campos Gerais, que se localiza entre Ponta Grossa, Castro e Carambeí.

A moção contou com 149 assinaturas (o que correspondeu a aproximadamente 12% do total de inscritos no evento) de profissionais vinculados a órgãos ambientais estaduais e federais de 13 estados brasileiros e de todas as regiões geográficas do Brasil, a saber: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará, Acre, Amazonas, Pernambuco e Rondônia. Vale destacar também, que funcionários do Ministério Público Federal e Estadual, bem como pessoas vinculadas à ONGs: SOS Mata Atlântica, Rede Pró UC, SPVS e Earthwatch Institute dos Estados Unidos também o assinaram. Adicionalmente, contribuíram com assinaturas pessoas vinculadas ao Museu Nacional do Rio de Janeiro, Museu de Zoologia da Universidade São Paulo e Fundação Grupo O Boticário.

Reforçaram com assinaturas, professores/estudantes da Universidade Federal do Paraná, Universidade Federal do Acre, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), Universidade do Estado de Santa Catarina, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul e Universidade Estadual de Ponta Grossa, dentre outras.

Uma comissão composta por especialistas na área foi responsável por verificar se a moção atendia a todos os requisitos, bem como sua pertinência legal e sua relação aos temas tratados no congresso. Após análise, a moção foi aprovada e lida publicamente! O próximo passo agora é o encaminhamento da mesma a ser realizado pela comissão organizadora do evento ao presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para possíveis providências.

Com isso um importante ato foi consolidado em relação à esta relevante unidade de conservação da região dos Campos Gerais: sua ampla divulgação em nível nacional e internacional e o respaldo de diversas assinaturas de profissionais da área ambiental preocupados com sua efetividade.

Assim, deixa-se um pouco de lado a imagem de que apenas ambientalistas rebeldes (também denominados xiitas, por parte de algumas pessoas pertencentes à elite campeira princesina) da ‘provinciana’ Ponta Grossa almejam a consolidação do parque e efetiva proteção do ambiente. Dessa forma, ficou evidente que existem diferentes segmentos sociais que pensam o ambiente e sabem da existência desta unidade de conservação legalmente instituída por um Decreto Federal e da necessidade de que a mesma cumpra seus objetivos de criação.

Isonel Sandino Meneguzzo
[email protected]
*Autor é professor da UEPG e colaborado do JM.

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