Dinheiro
Soja gera R$ 3,23 bilhões em riquezas na região
Fernando Rogala | 28 de junho de 2019 - 20:29
Além da soja, o leite, o fumo e a madeira lideraram a geração de riquezas em 2018 nos Campos Gerais
A soja foi o produto do agronegócio que mais gerou riquezas na região em 2018. O detalhamento está no relatório completo, por município, do Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP), divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab). Somente esse grão gerou R$ 3,23 bilhões em riquezas, ou seja, o equivalente a R$ 29,5% do VBP total dos Campos Gerais, que chegou a R$ 11 bilhões. O percentual está acima da média estadual, que somou R$ 22,3 bilhões e correspondeu a 24,9% do VBP do Estado. A região foi responsável por 14,5% do Valor Bruto da soja no Paraná, e o crescimento regional, na comparação com 2017, quando somou R$ 2,87 bilhões, foi de 12,5%.
Entre os 26 municípios da região dos Campos Gerais, a soja foi o principal produto do agronegócio em 20 deles, e apareceu na segunda colocação em outros cinco. Além da soja, os outros produtos que lideraram a produção agropecuária nos municípios foram o leite (Castro e Carambeí), fumo (São João do Triunfo e Ipiranga) e madeira (Telêmaco Borba e Imbaú). Somente em Telêmaco Borba a soja não apareceu na lista dos três principais produtos, mais sim na quinta colocação, com somente R$ 2,2 milhões – apenas para ilustrar, por lá o segundo principal produto foram mudas de pinus.
Tibagi é o município com o maior VBP da soja nos Campos Gerais, onde o grão gerou R$ 459,64 milhões em riquezas. Na sequência, o segundo município que mais produziu soja foi Castro, com R$ 341,57 milhões, e Ponta Grossa, com R$ 291,9 milhões. Em Ponta Grossa, a soja correspondeu a quase 50% de todo VBP, que atingiu R$ 606 milhões, e teve um valor quase dez vezes maior que o segundo principal produto da cidade, a produção de tora (R$ 31,4 milhões).
Em Castro o principal produto foi o leite, que rendeu R$ 377,1 milhões a produção de 292,4 milhões de litros. Em Carambeí, a liderança também ficou com o leite (R$ 231 milhões), seguida pela soja. A produção de suínos ficou na terceira posição nesses municípios. Quanto ao fumo, ele rendeu R$ 195 milhões a Fernandes Pinheiro, correspondendo a mais de dois terços (68%) de todo o VBP municipal. O fumo também liderou em Ipiranga, rendendo R$ 104,9 milhões, e foi o segundo colocado em outros cinco cidades (Imbituva, Irati, Ivaí, Prudentópolis e Rebouças).
Já a produção madeireira liderou em Telêmaco Borba, rendendo cerca de R$ 300 milhões, e em Imbaú, aparecendo como a segunda principal atividade em Ortigueira, Tibagi, Ventania e Curiúva. Quase que na integralidade essa madeira é destinada para a produção de celulose.
Tomate e maçã são destaque em cidades da região
No ranking dos três principais produtos de cada município, alguns além dos já mencionados, também é comum aparecer o milho e o frango. Em nenhum deles, porém, ocupa sequer a segunda posição; sempre a terceira. E Tibagi, além de maior produtor de soja, é também o maior produtor de milho, com R$ 58,6 milhões gerados. Há outros produtos bastante característicos de algumas regiões que apareceram na segunda colocação em seus respectivos municípios, como a maçã, em Porto Amazonas (R$ 11,4 milhões) e o tomate em Reserva (R$ 83,4 milhões) – são os dois únicos produtos do setor de hortifrúti que aparecem no ranking do ‘top 3’ dos municípios. O município que mais produziu trigo na região foi Tibagi, quarto principal produto da cidade, com R$ 58,5 milhões gerados.