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GEIV conclui aferições para homologar voos por instrumentos

Procedimentos estavam dentro dos conformes e foram aprovados. Oficialização da homologação deverá ocorrer dentro de alguns dias

Aeronave fez inúmeras manobras para homologar o PAPI
Aeronave fez inúmeras manobras para homologar o PAPI -

Procedimentos estavam dentro dos conformes e foram aprovados. Oficialização da homologação deverá ocorrer dentro de alguns dias

Poucos dias separam o aeroporto Sant’Ana, em Ponta Grossa, da homologação IFR, para que os pilotos que venham até o município possam contar com o procedimento de voo por instrumentos. Após a confecção das cartas (RNAV) e a presença dos profissionais do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) em outubro, neste sábado (14) e domingo (15) o aeroporto recebeu os voos do avião do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) com toda a sua equipe, vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB). Também foram realizados os trabalhos para a homologação do PAPI, que é o Indicador de Percurso de Aproximação de Precisão. Está é a última etapa de verificação para a aprovação de ambos, que será confirmada no Diário Oficial da União dentro de alguns dias.

No total, foram três etapas diferentes de voos, iniciadas no sábado, na hora do almoço. Depois, houve o retorno no início da noite, com a conclusão das atividades na manhã deste domingo. De acordo com Victor Hugo de Oliveira, superintendente do Aeroporto Comandante Antônio Amilton Beraldo (PGZ), tudo estava nos conformes e preliminarmente foi aprovado pela equipe. Diante disso, Victor Hugo e o prefeito Marcelo Rangel deverão ir na quarta-feira (18) ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), no Rio de Janeiro, para reiterar a necessidade de que a publicação seja agilizada. “Queremos estar com isso tudo homologado na primeira semana de janeiro, já publicado pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) em Diário Oficial”, disse Oliveira, que acompanhou todo o procedimento. Dia 10 de Janeiro, a VoePass inicia os dois voos diários para Congonhas, em São Paulo (SP).

O primeiro voo do GEIV, com uma aeronave Embraer IU-50 (E550), sobre o aeroporto Sant’Ana ocorreu por volta das 13h10 de sábado. O avião saiu do aeroporto Santos Dumont pela manhã, passou pelo aeroporto de Guarapuava, e depois veio para Ponta Grossa, para auferir as cartas RNAV. No total, foram seis passagens sobre a pista, realizadas por ambas as cabeceiras (8 e 26). Neste momento, contudo, o avião não aterrissou, e partiu com destino a Curitiba.

No final da tarde, a aeronave decolou do aeroporto de Pirassununga, em São Paulo, para chegar em Ponta Grossa ao final do pôr do sol. Por volta das 19h30 fez a primeira passada sobre a pista, para conferir as cartas com o voo noturno. Com tudo certo, a silenciosa aeronave finalmente pousou, pela cabeceira 8. Logo após taxiar, os sete oficiais desceram: a aeronave e a equipe pernoitaram em Ponta Grossa.

Pela manhã, com a presença do prefeito Marcelo Rangel, por volta das 9h30, foi a vez do avião decolar para fazer as aferições referentes ao PAPI. Foram diversas as manobras para testar o equipamento: por mais de uma hora e meia o avião sobrevoou as redondezas do aeroporto, passando pelo menos seis vezes sobre a pista, quatro pela lateral, cinco em paralelo, e fez outras dez passagens, uma cada vez mais distante da outra, em relação à cabeceira 8 da pista, onde está instalado o PAPI. Durante esses testes, o avião ATR dos voos regulares da Azul fez seu pouso, recolheu os passageiros e novamente partiu com destino a Campinas. Depois desses testes, o GEIV pousou novamente e pouco menos de uma hora depois decolou, com destino a Curitiba.

A Aeronave

A aeronave pertencente ao GEIV é nova, uma Embraer IU-50 (E550), e a que veio ao município, de prefixo FAB-3604, foi entregue há pouco mais de dois meses pela empresa à Força Aérea Brasileira. Ela é equipada com uma série de sensores e receptores de antenas para fazer verificações e receber informações.  A aeronave pode inspecionar, por exemplo, procedimentos conhecidos por Required Navigation Performance 0.1, o que significa que os equipamentos de navegação calculam sua posição com precisão de um décimo de milha náutica, que permite uma precisão muito maior.

Segundo informou o comandante da operação ao Prefeito Marcelo Rangel, o custo estimado de uma aeronave como essa é de R$ 89 milhões.

IFR

Atualmente, os pilotos operam em Ponta Grossa pelo procedimento VFR, ou seja, de modo visual. Isso, porém, é um empecilho para a segurança em dias de condições climáticas adversas. Em caso de uma nuvem a menos de 6 mil pés, por exemplo (cerca de 2 mil metros), as chances de aterrissar eram baixas, afinal há o receio de ‘baixar’ o avião mais próximo do solo de modo cego, sem saber o que exatamente tem por baixo em termos de obstáculos.

Com a possibilidade do voo por instrumentos pelo procedimento RNAV, em que o sistema de navegação via satélite utiliza pontos fixos definidos por coordenadas geográficas, conforme a carta, o piloto pode ‘furar’ essas nuvens até uma altura segura de cerca de 600 pés (pouco menos de 200 metros). Assim, há muito mais segurança ao proceder com o pouso, mesmo quanto ‘não haveria teto’ para o VFR, reduzindo as alternâncias para Curitiba, que trazem transtornos aos passageiros e encarece os voos à companhia aérea.

Papi

A homologação do PAPI é importante, explica Victor Hugo de Oliveira, porque permite uma maior precisão e segurança nos pousos, pelo fato de auxiliar a orientação do piloto. Esse equipamento, com pontos de luzes colocadas de forma transversal em relação à pista, foi instalado ao lado da cabeceira 8, que fica ao lado da rodovia PR-151. “O PAPI fará com que a aeronave tenha o pouso perfeito, no ponto correto da pista, para que possa aproveitar o máximo possível do seu comprimento”, explica. 

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