Dinheiro
Empresas de PG mudam hábitos para superar crise
Quase 40% das estratégias de oferta de produtos e serviços estão sendo feitas em meio online
Andre Bida | 12 de maio de 2020 - 00:52
Quase 40% das estratégias de oferta de produtos e serviços estão sendo feitas em meio online
Com a crise motivada pela pandemia de Coronavírus e uma queda expressiva na receita, alguns empresários fizeram mudanças no seu atendimento, na maneira de vender e nas rotinas do trabalho com o objetivo de passar por esse período de crise com o mínimo possível de prejuízos.
Buscando entender este cenário, a Câmara Técnica Permanente de Comércio e Serviços, do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG), em parceria com o Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas (Nerepp), do Departamento de Economia da UEPG elaborou um estudo sobre como as empresas reinventaram os próprios negócios para amenizar os efeitos do distanciamento social causado pela Covid-19.
A pesquisa aconteceu entre os dias 14 e 21 de abril e contou com a participação de 468 empresários. Dos respondentes, 39,5% disseram que durante a crise utilizam do atendimento online, fortalecendo as estratégias com os dispositivos como: telefone, vídeo chamadas, WhatsApp, e-mail, site, e-commerce e outras mídias sociais para oferecer o produto/serviço.
Outra estratégia apontada foi a potencialização ou implantação do delivery de forma particular com marketing próprio. A pesquisa ainda registrou que houve a criação de novos produtos, entendendo a pandemia também como uma oportunidade.
Nádia Terumi Joboji, consultora do Sebrae aponta que, por meio da pesquisa, quem implantou alguma inovação em sua empresa está conseguindo se manter no mercado e potencializar seus negócios. “Foi uma das alternativas de sobrevivência que eles encontraram nesse período para definir novos produtos e serviços e se reinventarem, aproveitando para planejar ou readequar novas estratégias”, disse Nádia.
Buscou-se mensurar ainda, a esperança dos empresários perante as medidas de contenção da epidemia e o tempo que acreditam levar para se recuperar após o retorno da normalidade. Observou-se que 14% acredita que levará entre 1 a 3 meses para a recuperação, 27% de 4 a 6 meses, 29% mais de 6 meses, 24% mais de um ano, 4% respondeu afirmando que o atual cenário não impactou no seu negócio e 2% apenas que não retomará.
Personalização no atendimento é uma das alternativas
De acordo com a professora Augusta Pelinski Raiher, pesquisadora do Nerepp, foi verificado no estudo que aqueles que tiveram retorno, fizeram estratégias e ações mais personalizadas, como atualização de cadastro de clientes, enviando promoções virtuais direcionadas em mídias sociais e usando o WhatsApp conseguiram uma aproximação maior com o cliente, tornando a empresa mais ativa, melhorando a comunicação com seus clientes e novos clientes captados, por meio desses canais online. “Demonstrar o cuidado que a empresa tem com o cliente, faz com que eles sintam se mais seguros para consumir o produto ou serviço, principalmente nesse período de pandemia”, comenta a pesquisadora.
Estudo traça o impacto da Covid
O objetivo do estudo do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa era de mensurar o impacto das medidas restritivas referente a Covid-19 na atividade econômica no município. Para isso, duas variáveis foram analisadas: Faturamento e Emprego. A área do comércio varejista foi a que mais respondeu a pesquisa, correspondendo a 24%, seguida da Gastronomia/Bares/Restaurantes (12%) e da Construção Civil e da Manutenção (cada uma com 10% de participação).