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Paraná teve maior crescimento na produção industrial do país

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Ao comparar o desempenho do mês de agosto com o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 8,7%, o melhor resultado do país

Agosto foi um mês de bons resultados para a produção industrial paranaense. O estado evoluiu 1,5% em relação a julho, ficou 8,7% acima de agosto de 2020 e, no ano, já supera em 15,1% o resultado acumulado de janeiro a agosto do ano passado. O desempenho comparativo com julho coloca o Paraná na quarta posição do ranking nacional entre os estados que mais cresceram. Perde apenas para Amazonas, Pará e Santa Catarina. A alta de 8,7% sobre o mesmo mês em 2020 foi a maior do país. 

Já na avaliação anual, o Paraná fica em quinto. Mas, considerando as cinco unidades da federação mais industrializadas (SP, RJ, MG, PR e RS), que somam 69% do PIB industrial do país, o estado pula para segundo pela performance em 2021. Superada apenas por Minas Gerais. Nos últimos 12 meses, a taxa de crescimento industrial acumulada é de 13,2%. As informações foram divulgadas esta manhã (8/10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Paraná traz um desempenho positivo que vem na contramão do que ocorre no país. O Brasil teve queda de 0,7% em relação a julho e também em agosto de 2020. No ano, a indústria nacional cresce 9,2%, mas o valor é menor do que a alta acumulada no estado. O sul vem sustentando o crescimento da indústria brasileira este ano, com Santa Catarina em primeiro (+20,5%) e Paraná (15,1%) e Rio Grande do Sul (15%) praticamente empatados.

Para o economista da Federação das Indústrias do Paraná, Evânio Felippe, o que pode explicar a alta acima da média nacional aqui é o desempenho e/ou recuperação de alguns setores industriais muito relevantes no estado. Das 13 atividades avaliadas pelo IBGE, apenas duas encolheram este ano. Alimentos (-6,1%) e celulose e papel (-1,7%). As demais cresceram e com alta expressiva como máquinas e equipamentos (+78,9%), principalmente por conta das colheitadeiras, tratores agrícolas e equipamentos portáteis. O automotivo (+52,9%), puxado pela produção elevada de caminhão-trator, automóveis, caminhões e reboques e semirreboques, além de volantes, barras e caixas de direção. Madeira (+38,9%) e fabricação de produtos de metal (+32,4%), com alta de artefatos de ferro e aço, esquadrias de alumínio, serras e cadeados. “É preciso considerar que nestes segmentos, que foram fortemente impactados no ano passado em função da pandemia, a base de comparação é muito baixa. Mas essa diferença já foi bem maior em meses anteriores”, justifica Felippe.

Na comparação com agosto de 2020, cinco dos 13 segmentos ficaram abaixo do esperado. Fabricação de produtos químicos (-12,9%), moveleiro (-11,4%), borracha e material plástico (-8,5%), alimentício (-3,4%), e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,2%). Máquinas e equipamentos cresceram 73,9%. Em seguida vem o setor automotivo (+21,4%), fabricação de produtos de metal (+16%), madeira (+10,5%) e bebidas (+11,3%).

O que também ajuda a explicar o bom desempenho da indústria paranaense é que as perspectivas para o fim de ano no comércio e no setor de serviços aqui são positivas. “A indústria se antecipa a esta tendência agora e aumenta a produção nas fábricas para poder atender à demanda dos próximos meses. Some-se a isso a melhora no mercado de trabalho formal no estado, que este ano é quase nove vezes maior do que o registrado de janeiro a agosto do ano anterior”, analisa. Em 2021, o saldo no setor chega a 42.786 novos postos de trabalho. “A melhora na empregabilidade estimula o aumento do consumo, influenciando nas vendas de comércio e serviços, que são atendidos pela indústria”, diz.

“Medidas sanitárias mais flexíveis decretadas no estado e que estendem o atendimento ao público, como restaurantes e eventos, também contribuem no aumento das contratações. Com maior massa salarial, cresce o consumo que beneficia toda a atividade produtiva”, completa.

O economista também pontua que apesar dos bons resultados, fatores macroeconômicos podem atrapalhar nos próximos meses. A inflação mais alta, a redução de renda média da população, e os 24 milhões de pessoas sem emprego no Brasil podem atrapalhar. “O cenário para o empresário é complexo porque sem renda as vendas caem e isso gera pressão pela insuficiência de demanda para absorver a produção nas indústrias”, explica.

Fatores como aumento nos custos de produção por conta de insumos mais caros cotados pelo mercado internacional, volatilidade da taxa de câmbio – que este ano já variou 6% – e o aumento na energia elétrica, com perspectiva de racionamento no futuro, também pressionam o caixa das empresas. “O problema é que nem sempre os industriais podem repassar os custos em sua integralidade para não perderem competitividade. Considerando que 98% das indústrias do estado são micro e pequenas empresas, já sem fôlego, o momento é de atenção com relação ao futuro”, conclui Felippe.

As informações são da assessoria de imprensa

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