Dinheiro
Fábrica da Madero gera 143 vagas de emprego em PG
Fernando Rogala | 05 de dezembro de 2015 - 05:25
Com uma área construída de 6 mil metros quadrados, fábrica de R$ 28 milhões produz hambúrgueres, carnes, pães, sobremesas e molhos. Equipe do JM visitou a unidade fabril
Já está operando, de forma definitiva, a fábrica da Madero em Ponta Grossa. Após iniciar os testes em junho, a produção final está funcionando desde meados de novembro. Hambúrgueres, carnes, pães, ‘Fettuccine’, temperos e sobremesas, enfim, tudo o que é consumido nos 63 restaurantes da Rede Madero no Brasil e no mundo (recentemente foi inaugurado um restaurante em Miami) agora sai da unidade construída no Distrito Industrial de Ponta Grossa. Estrutura a qual recebeu uma visita da equipe de reportagem do Jornal da Manhã nesta sexta-feira, que fez um ‘tour’ na fábrica, a convite da Madero.
No terreno de 27 mil metros quadrados foi construída uma estrutura com seis mil metros quadrados. Nela, a parte do processo fabril está dividida em quatro partes: frigorífico (carnes e hambúrgueres), padaria, sobremesas, molhos e temperos. Em anexo, também a área do administrativo, estoque, setor de compras, vestuário e o espaço do fiscal do MAPA (inspeção federal, a qual é realizada a todo momento). O investimento total em toda essa estrutura e nos maquinários foi de R$ 28 milhões. Atualmente, são 143 funcionários diretos, que trabalham em um turno, divididos nos diversos setores (como 40 no setor de carnes, 25 na padaria, 25 na área de sobremesa, entre outros).
O ambiente do frigorífico é todo climatizado. Onde é produzido o hambúrguer, a temperatura nunca passa dos 18ºC. É neste compartimento que está instalada um dos principais investimentos na planta: trata-se da máquina que ‘monta’ o hambúrguer, uma masterformer com esteira retrátil. As carnes são misturadas com gordura e óleo de girassol, em um aparelho, para dar suculência, e, na sequência essa ‘pasta’ é destinada à máquina holandesa, produzida pela Marel, que custou quase R$ 5 milhões. Ela simula o movimento das mãos e cria um hambúrguer ‘aerado’. Atualmente, ela opera em 50% da produção, fabricando 5 mil hambúrgueres diariamente. Dali, o hambúrguer é congelado a -32°C e é embalado. São diversas carnes utilizadas que compõem os hambúrgueres, de diversos cortes. A Marfrig (bovinos) e a Castrolanda (Suínos) são os principais fornecedores.
Recentemente a unidade iniciou algumas atividades. Produção de molhos e fabricação de linguiças teve início há 15 dias. A defumação suína para o bacon é feita também na unidade, em uma câmara especial. A unidade produz, ainda, 28,8 mil pães por dia, e oito sobremesas diferentes. “Tudo aqui é muito artesanal, com ingredientes frescos. O Junior Durski não gosta de industrializados”, relata Ângela Gomes, Engenheira de Alimentos e gerente de produção.
TECNOLOGIA
Máquinas são de última geração
A principal característica na unidade é a tecnologia empregada. “Mais de 90% do nosso parque de máquinas e equipamentos são importados”, informa o presidente do Madero, Junior Durski. Uma delas é a ‘tenderizadora’, que possui 224 agulhas que perfuram a picanha para quebrar as fibras (é a segunda do gênero do Brasil) “É um investimento caro que é um diferencial”, destaca Cassio Cabral de Souza, Diretor de Recrutamento e Seleção do Madero. Outra é um scanner a lazer, que ‘lê’ a carne e é capaz de cortar a picanha como é solicitada, com a margem de erro de 2% no peso, para manter o padrão de qualidade e as carnes servidas sejam rigorosamente do mesmo tamanho.