A truculência não pode ficar impune

É importante a abertura de uma minuciosa investigação para apurar responsabilidades pela invasão do prédio da Reitoria da Universidade Estadual de Ponta Grossa, para instauração de procedimento criminal e punição exemplar aos implicados. Além do crime de invasão, as autoridades policiais devem, com o mesmo rigor, identificar agressores e os autores da depredação do espaço. Deve-se culpar quem efetivamente merece. A maioria dos estudantes que participou dessa manobra precisa ser levada aos pais para receber um exemplar puxão de orelha.

A UEPG já ingressou com pedido de reintegração de posse e aguarda um posicionamento da Justiça. De acordo com a instituição, ‘a invasão foi encabeçada pelos representantes de estudantes que não estão organizados sob um Diretório Central, não se conseguindo identificar os líderes do movimento que promoveu a invasão’. Relata que a invasão não foi pacífica; que vinha sendo anunciada, em forma de ameaça, pelas redes sociais, sendo natural que os servidores, sentindo-se ameaçados, tenham cerrados as portas da instituição, numa tentativa de defender sua integridade física, as instalações do prédio e seus ambientes de trabalho.

Admira-se muito que estudantes que estão em processo de formação profissional sujeitem-se a ameaçar, intimidar, denigrir e a vandalizar. Isso beira o banditismo. Estudantes que almejam melhorias na área de ensino e que suas reivindicações sejam atendidas, têm a inteligência, a retórica e a capacidade de argumentação como suas principais ferramentas na mesa de diálogo. Chutar, desferir socos e arrombar portas são ações inadmissíveis.

Apela-se à UEPG para que disponibilize todo tipo de prova para identificar os arruaceiros travestidos de universitários. As autoridades policiais devem agir exemplarmente e desde já iniciar a entrega dos mandados de intimação tanto para quem planejou e ordenou a invasão, aos seus executores e participantes. Alerta-se para a existência de professores neste grupo.