Editorial
Descentralização da segurança
Da Redação | 19 de janeiro de 2018 - 02:48
O crescimento criminal em Ponta Grossa sugere uma
reavaliação das políticas de segurança pública, para o Município. É importante
a realização de ações conjuntas nas regiões onde efetivamente a ação banditiva
é mais incisiva. De igual forma, a descentralização da força de segurança,
levando as unidades policiais para os bairros, levaria mais tranquilidade à
população e proporcionaria um atendimento mais rápido à ocorrência.
Há duas décadas, aproximadamente, a Polícia Civil mantinha
unidades nos bairros. Os distritos policiais, muito embora funcionassem apenas
em horário comercial, eram referências aos moradores. Havia DP em Uvaranas,
Nova Rússia, Vilela, Jardim Sabará. Com o tempo, essas estruturas se fixaram
apenas na região central. A PM também contava os módulos policiais, ampliando a
segurança.
Para as autoridades do setor, este tipo de modelo de
segurança pública não seria ideal para o atual momento, justificando a falta de
efetivo e de equipamentos. No entanto, é preciso levar em consideração o
crescimento em população e em extensão territorial do Município. A polícia
precisa estar nesses novos bairros e núcleos habitacionais.
Segundo relatório da Secretaria de Estado de Segurança
Pública (Sesp), divulgados na tarde desta quinta-feira (18), foram registradas
34.620 ocorrências em toda a cidade no último ano. Os crimes contra a
pessoa e o patrimônio cresceram 5% em Ponta Grossa no último ano.
Os registros são relativos a ameaça, lesão corporal, crimes
contra a dignidade sexual, furtos, roubos e crimes contra a administração
pública. O crescimento mais expressivo foi apontado nos crimes contra a pessoa,
que foram de 14.642 ocorrências em 2016 para 15.908 no último ano - um aumento
de 8,6%.
Em relação aos furtos e roubos, os dados gerais apresentaram
uma variação menor, de 2,2%. Foram 18.310 em 2016 e, em 2017, 18.712. O aumento
se deve aos casos de furtos, que subiram 5,2%, com 10.137 ocorrências
registradas pela Sesp. Nos roubos, houve uma queda de 13,8% e o ano fechou com
3.527 casos.
Estes números estão sendo divulgados hoje pelo Jornal da
Manhã e podem embasar as atividades policiais para este ano. Polícia na rua
significa cidade segura.