Mercado no exterior

Em apenas dois meses, os municípios da região dos Campos Gerais exportaram mais de R$ 1,2 bilhão em produtos para outros países. É um valor que parece alto, mas quando comparado com o ano passado, quando o valor atingiu R$ 2 bilhões, parece diminuir. Ainda assim é um valor bastante elevado, afinal, são mais de R$ 400 milhões comercializados pelas empresas de Ponta Grossa, e outros R$ 300 milhões apenas por Ortigueira.

Com exceção de 2018, quando as exportações ponta-grossenses registraram uma significativa queda, nos últimos anos a cidade mantém sempre um patamar estável de comercio aos outros países, entre US$ 1 bilhão e US$ 1,4 bilhão. Naquele ano, as mudanças nos valores do frete afetaram o transporte dos produtos.

Neste ano, um dos motivos da redução é o mercado da China. Baixa não só de Ponta Grossa: como já explicou a professora Adriana Diniz, do curso de Administração - Comércio Exterior da UEPG, houve uma queda geral no Brasil, da venda de soja para a China, que está comprando o grão de outros lugares, como dos Estados Unidos. A soja deixou de ser exportada para a China por questões geopolíticas, mas, como ela lembrou, essa soja foi plantada, colhida e está armazenada. Ou seja: será vendida, seja para outros países ou para o mercado interno. Além disso, há o coronavírus, que trouxe grande impacto na economia chinesa.

Porém, ter força nas exportações, é a garantia que a região se mantém firme mesmo se acontecer uma crise interna. Se não houver consumo no mercado interno, as empresas mantêm ou ampliam as exportações de seus produtos. No momento atual com o dólar em alta, empresas que usam matéria prima nacional (que não importam) registram um aumento no faturamento, por obter mais recursos com a venda dos mesmos produtos. Portanto, ter uma diversificação no mundo empresarial é indispensável.