Variante Delta é ameaça real aos ponta-grossenses

Sob a pressão de diferentes setores, a flexibilização das medidas restritivas, pelo Poder Público, ganha força em Ponta Grossa. É fato que as mortes diminuíram, o contágio retraiu e os hospitais estão trabalhando com mais tranquilidade. A preocupação, neste cenário, é o estudo do Laboratório Universitário de Análises Clínicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Luac-UEPG), que identificou transmissão comunitária da variante Delta em Ponta Grossa. 

O dado faz parte da pesquisa sobre variantes da Sars-CoV-2 em pacientes do Hospital Universitário (HU-UEPG). No total, o Laboratório pretende analisar 300 amostras de indivíduos positivados para Covid-19, para identificar quais pacientes se infectaram com a variante Gama (P1 brasileira) e Delta (Índia), como estratégia de controle da pandemia.

No último domingo (3), 50 novos casos do coronavírus foram registrados no Município. Não foram divulgados novos óbitos em decorrência da covid-19. Segundo o ‘Boletim’, o município ponta-grossense tem 52.739 casos confirmados do coronavírus, com 50.065 pessoas recuperadas. Neste momento, em isolamento domiciliar se encontram 1.339 pessoas. Porém, 1.289 cidadãos perderam as suas vidas em decorrência da covid-19. Já os números de internamentos são os seguintes: 19 em enfermaria e 20 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – sete óbitos estão a confirmar. Os números ainda preocupam as autoridades médicas e exigem que as medidas de prevenção continuem sendo adotadas. Importante também é avanço da vacinação.

Sobre a Delta, a equipe iniciou os testes em julho para identificar a variante Gama (P1). O resultado mostrou que, de 42 amostras testadas, 34 foram Delta e 8 Gama. Para os especialistas, Isso demonstra uma transmissão comunitária na cidade. Para as amostras coletadas até dia 13 de agosto, ainda existe a predominância da variante Gama, mas nas amostras coletadas a partir de 13 de agosto, apenas duas foram Gama e 29 foram a Delta.

Importante ressaltar que esta pesquisa é financiada pelo Poder Judiciário e Ministério Público de Ponta Grossa, que colaborou com R$ 15 mil, além de mais R$ 15 mil investidos pela própria UEPG. O projeto tem aprovação do comitê científico do HU e da Comissão de Ética em Pesquisa da UEPG.