Editorial
A sociedade cobra, mas precisa ajudar também
Da Redação | 19 de janeiro de 2022 - 00:10
A sociedade tem que mudar o discurso e entender que uma participação mais efetiva de seus diferentes segmentos é imprescindível no combate ao crime e à violência. Este comprometimento ganha relevância nos tempos atuais, em que a criminalidade cresce significativamente ao passo que a estrutura da força de segurança diminui. O cidadão precisa ajudar.
Ponta Grossa registrou cinco assassinatos desde o começo do ano. Quatro deles ocorreram no último final de semana. As teses para esses crimes são várias. Admite-se uma possível guerra entre facções. As mortes podem estar relacionadas ao tráfico de substâncias entorpecentes. O certo é que a totalidade das vítimas tem antecedentes criminais.
É notório o comprometimento das forças de segurança na repressão ao crime. Todos os dias são realizadas operações específicas para o cumprimento de mandados de busca, apreensão e de prisão; a polícia está nas ruas fiscalizando veículos e lugares suspeitos para localizar armas; este trabalho é realizado também nas estradas.
Existe a necessidade da contrapartida. O cidadão deve contribuir com as autoridades policiais denunciando o vizinho bandido; o traficante que age na porta das escolas e das casas dançantes aliciando ou cooptando crianças e adolescentes; e do comerciante que usa estabelecimento de fachada para cometer crimes. A denúncias são investigadas e os denunciantes têm o anonimato garantido.
Especialistas reforçam que o preceito constitucional de que a segurança pública é direito e responsabilidade de todos deve sempre crescer até ganhar apoio da maioria populacional e não apenas de uma parcela da sociedade. Neste sentido, destaca-se a importância dos conselhos de segurança dos Estados, das cidades, dos bairros, dos povoados e as organizações não governamentais devem se fortalecer cada vez com a conscientização e a união ampla e irrestrita para ajudar a Polícia na sua árdua missão de combater o crime e resgatar a ordem.
O combate ao crime deve ter um maior investimento em ações preventivas para não sobrecarregar as ações repressivas como de fato vem ocorrendo