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Estação Saudade, Casa da Memória e Estação Arte formam um conjunto de prédios que precisam ir além de sua função histórica. O primeiro está abandonado, aguardando reformas, e não tem qualquer finalidade. O segundo guarda arquivos fotográficos e jornais antigos e o terceiro foi transformado em supermercado municipal, servindo como ponto de comércio do Mercado da Família. A Concha Acústica, na Praça Barão do Rio Branco, abandonada e com resquícios de um incêndio, é o retrato da ‘depressão cultural’.

Esses imóveis poderiam perfeitamente ser direcionados à divulgação de projetos e de eventos culturais. Existe demanda. Ontem, o prefeito Marcelo Rangel corrigiu um grave erro da antiga gestão ao determinar o retorno da Estação Arte para a Fundação Cultural. É o resgate de um dos mais importantes espaços culturais para a cidade. Por outro lado, a gerência do prédio pela Cultura faz parte de um processo mais amplo, de revitalização cultural e urbanística de toda aquela região. Além disso, a Estação Arte é uma das reivindicações do setor de artes visuais de Ponta Grossa, hoje com limitações severas de espaços para mostras e exposições.

De estilo eclético, esta estrutura nasceu como armazém da estrada de ferro do Paraná e foi construído em madeira ao lado da Estação Paraná em 1896 para ser depósito de cargas da RFFSA – Rede Ferroviária Federal S/A. Este armazém funcionou até a década de 70, quando foi desativado, sendo suas atividades transferidas para o bairro de Uvaranas.

Em 1910 o armazém precisou ser reformado ao sofrer um incêndio. A partir dessa data o ambiente foi usado por mais 60 anos até ser desativado e ter seus serviços transferidos para o bairro de Uvaranas. Por sua importância histórica o espaço destinado desde a fundação para o armazenamento de cargas virou, entre os anos de 1996 e 2007, a Estação Arte, um ambiente voltado à atividades culturas e artísticas.

Contudo, em 2008 sua antiga funcionalidade levou a Prefeitura a tomar uma decisão inexplicável. O Executivo encerrou as atividades da Estação Arte e colocou ali o Mercado da Família, um ponto comercial onde a população de baixa renda pode comprar produtos com valores mais acessíveis.

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