Editorial
Quem cobrará soluções para as rodovias de PG?
Da Redação | 22 de junho de 2022 - 01:01
A morte de uma idosa na PR-151 e o tombamento de uma carreta carregada de etanol na Avenida Presidente Kennedy – perímetro urbano da Rodovia do Café -, reforçam a necessidade de uma mobilização plena da sociedade organizada no sentido de exigir do Estado e da União iniciativas e instalação de dispositivos que aumentem a segurança nos trechos rodoviários que cortam Ponta Grossa.
Desde o término dos contratos dos pedágios, em novembro do ano passado, os problemas se avolumam, assim como os acidentes com mortes e feridos. As duas estruturas de segurança – Polícia Rodoviária Federal e Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual -, apesar dos esforços desprendidos não conseguem fazer uma fiscalização eficiente.
É inadmissível uma carreta ficar obstruindo uma rodovia por mais de seis horas. Em acidentes desta natureza, envolvendo carga perigosa, o Estado não pode apenas cumprir formalidades. O transtorno causado a motoristas e à população foi enorme. O trânsito urbano de Ponta Grossa ficou caótico até a retirada do caminhão da estrada, operação finalizada na madrugada de ontem (21).
O perímetro urbano, no entanto, continuará com os seus problemas (trânsito intenso e acidentes), se o Contorno Norte de Ponta Grossa não for concluído. Esta obra é a solução para uma cidade com as características de Ponta Grossa, cortada por importantes corredores rodoviários do Brasil e com tráfego intenso 24h. Essas obras já deveriam ter sido iniciadas anos atrás.
O Contorno Norte vai desviar o tráfego pesado da BR-373 e da BR-376, que cortam a cidade, que e é um dos principais pontos de violência no trânsito paranaense. Esta obra faz parte do novo pacote de concessão de rodovias. É uma obra importante, que deixou de ser feita no passado. O contorno vai livrar das avenidas Souza Naves e Presidente Kennedy do trânsito pesado, salvando vidas e melhorando toda a logística da cidade. A obra do Contorno Norte de Ponta Grossa estava prevista no contrato inicial de concessão firmado pelo Governo do Estado em 1997, mas não foi realizada.