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Muito embora os trabalhadores do transporte coletivo tenham aceitado as propostas do governo municipal, descartando a retomada da greve, o assunto ainda vai render muitos debates. A Viação Campos Gerais (VCG), concessionária do serviço, afirma desconhecer o acordo firmado entre a Prefeitura e o Sintropas (sindicato da categoria) e que cumprirá o que ficou acertado na audiência de conciliação, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em junho deste ano.

Ficou ajustado, entre a Prefeitura, que os motoristas e cobradores ganham o direito de credenciar-se no programa Mercado da Família, que oferece produtos a preços em média 46% menores do que nos mercados comerciais. O governo também cederá uma sala, para uso de motoristas e cobradores, no prédio do Terminal Central de Transporte Coletivo. Além disso, motoristas e cobradores receberão, em sua folha de pagamento, um abono de R$ 150, este ano, e outro de R$ 50, em janeiro de 2015.

Além de não ter participado dessas tratativas, a VCG vai pedir a reajuste da tarifa e uma definição quanto ao índice deve ser divulgado ainda neste mês. Uma solicitação de revisão da planilha está na Secretaria de Planejamento desde o mês passado e é de conhecimento do Conselho Municipal do Transporte (CMT). O prefeito Marcelo Rangel é taxativo ao afirmar que não concederá reajuste. Neste cenário, é possível ocorrer um embate na Justiça.

No meio dessa discussão, o Sintropas perdeu uma grande oportunidade de exigir da Prefeitura que discutisse com a Câmara a possibilidade de fazer constar na lei da concessão muitos benefícios para os motoristas e cobradores. Essa lei está sendo revisada.

O problema é que em 2015 o sindicato vai mobilizar a categoria para discutir novos benefícios e reajuste salarial. Historicamente a VCG não concordará, a greve será deflagrada e os usuários ficaram a pé. Será necessário o Tribunal Regional do Trabalho realizar audiência de conciliação. É um sistema perverso, com enorme prejuízo ao cidadão e à economia da cidade. Greve de ônibus é um ‘mau negócio’. Essa, que ocorreu em maio, foi a mais longa da história da cidade – 17 dias. Fica o mérito da marca ao Sintropas.

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