Política
Sindicato quer aumento de 5% para servidores públicos em PG
SindServ tem assembleia geral marcada para a próxima quinta-feira (3) para analisar proposta do Governo
Afonso Verner | 01 de maio de 2018 - 06:35
O Sindicato dos Servidores Municipais (SindServ) pleiteia um aumento salarial de 5% para os 8.698 funcionários públicos em 2018. A proposta foi aprovada em assembleia no dia 12 de abril e contempla a variação inflacionária do período (maio de 2017 a abril de 2018) que deverá ser de 2,64 % e ainda um aumento salarial real de 2,36% para todos os funcionários públicos.
Os membros do Governo Municipal tem uma reunião agendada com os sindicalistas no próximo dia 2, quarta-feira, para discutir a reivindicação. A proposta apresentada pelos membros do Poder Executivo será discutida junto com a categoria em um assembleia geral marcada para a próxima quinta-feira, dia 3 de maio, na sede do Sindicato – a categoria deverá analisar a proposta e discutir os próximos passos.
De acordo com Leovanir Martins, presidente do SindServ, a
categoria espera uma “manifestação objetiva” do governo na próxima reunião. “Historicamente
a recomposição salarial, com o pagamento da inflação, tem sido paga – ela é o
que chamamos de direito moral. Para além disso buscamos também a possibilidade
de discutir um ganho real para todos os servidores”, contou Martins.
Caso o Executivo conceda além dos os 2,64% de reajuste,
índice estimado da inflação do período, também o ganho real, somando 5% de
reajuste, o impacto na folha seria de cerca de R$ 1,3 milhão por mês na folha
salarial da Prefeitura. A folha de pagamento dos servidores municipais, sem
levar em conta os encargos sociais e contabilizando apenas a remuneração bruta
dos servidores, é de R$ 23 milhões por mês.
Martins contou ainda que a reposição inflacionária é
concedida aos servidores desde 1989 e o aumento real varia de acordo com cada
gestão. “Na gestão do prefeito Marcelo Rangel [PSDB] tivemos aumentos reais nos
três primeiros anos do Governo para todos os servidores, já nas outras gestões
esse processo envolvia a negociação em separado para cada categoria”, explicou
o sindicalista.
Via assessoria de imprensa, a Secretaria de Administração e
Recursos Humanos, responsável pela negociação, informou que fará a proposta
apenas na data marcada para a reunião e seguirá negociando com o Sindicato.
Gasto com folha é preocupação
Atualmente o investimento em pessoal consome parte
considerável do orçamento da Prefeitura que em 2018 é estimado em R$ 880
milhões. O município ainda é um dos poucos a manter o funcionalismo em regime
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e não em uma opção estatutária – o Executivo
chegou a flertar com uma alteração, mas acabou não se confirmando. Além disso,
a dívida trabalhista (transformada em precatórios) amargada pela Prefeitura
passa da casa dos R$ 110 milhões e terá que ser completamente paga até 2020.