Política
‘Prefeito não pode reapresentar fundo de transporte’, diz Pietro
<b style="font-family: "Titillium Lt"; color: rgb(0, 0, 0);">Presidente da CLJR afirma que regimento da Câmara não permite que projetos semelhantes sejam apresentados no mesmo ano. Prefeitura garante que vai reestruturar proposta</b>
Mario Martins | 26 de junho de 2019 - 09:55
Presidente da CLJR
afirma que regimento da Câmara não permite que projetos semelhantes sejam
apresentados no mesmo ano. Prefeitura garante que vai reestruturar proposta.
O vereador Pietro Arnaud (Rede) rebateu o anúncio da
Prefeitura de Ponta Grossa de que ela deve reestruturar e apresentar uma nova
proposta para a criação do Fundo Municipal de Transporte Coletivo Urbano.
Presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação (CLJR), Arnaud afirmou
que, de acordo com o regimento interno da Câmara, é proibido que se apresente
propostas idênticas ou semelhantes dentro do mesmo ano administrativo.
Na segunda-feira (24), os vereadores recusaram o projeto de
lei nº 137/2019, que criava o fundo e, como consequência, passava o controle da
bilhetagem do transporte público para o Poder Executivo – atualmente o comando
está com a Viação Campos Gerais (VCG). Em nota, Arnaud citou o artigo 96 do
Regimento Interno da Câmara Municipal, que “veda a apresentação de proposição
idêntica a outra já aprovada ou rejeitada, na mesma sessão legislativa”. Para o
presidente da CLJR, o texto faz com que seja “indiscutivelmente
inconstitucional” a apresentação de qualquer proposta de criação de Fundo
Municipal.
A medida, na justificativa do Poder Executivo, traria mais
transparência para as finanças do transporte, já que a Prefeitura teria o
controle da arrecadação, um principais itens da planilha que rege o processo de
reajuste da passagem de ônibus e que atualmente fica sob controle da empresa
detentora da concessão, a Viação Campos Gerais (VCG). No entanto alguns
vereadores que não pertencem à base do governo questionaram se a proposta não
poderia causar um incremento na receita corrente líquida da Prefeitura.
Pietro Arnaud (Rede) comentou na semana passada que a
aprovação da medida poderia ser preocupante para as contas públicas municipais,
já que o aumento orçamentário de Ponta Grossa abriria margem para aumentar a
capacidade de endividamento do Município e também ampliar a porcentagem de
despesas com pessoal. “A proposta pode ‘maquiar’ as contas públicas. Ela
aumentaria o Orçamento do Município, mas esse acréscimo não poderia ser
utilizado pela Prefeitura porque tem que ser repassado quase que diariamente
para a VCG”, disse o vereador.