Política
Vinícius lamenta adiamento de PL sobre bares e universidades
Vereador acredita que discussão já se alongou demais dentro da Câmara e que aprovação da medida seria um “respeito à Educação” em Ponta Grossa.
Da Redação | 07 de agosto de 2019 - 01:15
Vereador acredita que
discussão já se alongou demais dentro da Câmara e que aprovação da medida seria
um “respeito à Educação” em Ponta Grossa.
O vereador Vinícius Camargo (PMB) lamentou a decisão da
Câmara de Ponta Grossa em adiar a votação do projeto de lei 455/2017, que
proíbe a abertura de novos bares ao lado de instituições de ensino superior.
Durante a última sessão, o parlamentar voltou a se posicionar favoravelmente ao
projeto, afirmando se tratar de uma forma de respeito à Educação.
Para o vereador, a interpretação em relação ao tema não deve
levar em consideração a vontade do universitário em consumir bebidas
alcoólicas. “Vai além do fato do estudante beber ou não. Falamos aqui do
respeito pela Educação. Eu estudei na UEPG no período noturno e havia muito
barulho e confusão às quintas e sextas-feiras. Quando afastamos os bares,
falamos de respeito ao professor que sai de casa para trabalhar e não quer
perturbado dentro da sala de aula”, explica o vereador.
Vinícius ainda lembrou que a medida não deve afetar quem já
possui estabelecimentos comerciais perto das universidades, já que ela é válida
apenas para a abertura de novos bares - caso a medida seja aprovada, eles
deverão ficar a pelo menos 150 metros das instituições de Ensino Superior. “É
uma questão de controle e respeito. Não fui autor nem co-autor do projeto, mas
acho mérito louvável e a intenção sensacional. Não vejo demagogia,
sensacionalismo e nem nada disso. Falamos do respeito à Educação”, reafirma.
Para Vinícius, o argumento de que o projeto dá a entender
que ‘o universitário é bêbado’ é mentiroso, já que os estabelecimentos não
recebem apenas alunos. “É um argumento inválido e que serve para tentar
desabonar o mérito do projeto e maldosamente induzir o universitário a ser
contrário à proposta”, diz.
O vereador ainda parabenizou os colegas da Câmara que
tentaram impedir que a votação fosse adiada, independentemente do
posicionamento em relação à matéria. “É um projeto que já vai somar dois anos
de tramitação na Casa, acredito que precisa ser votado o quanto antes. Com um
prazo desses, é impossível acreditar em um argumento de que os vereadores não
tiveram tempo para discutir a proposta”, avaliou. O projeto de lei foi retirado
para vistas por 15 dias com o apoio de 16 vereadores. Somente seis optaram por
não adiar a discussão: Celso Cieslak (PRTB), Pastor Ezequiel Bueno (PRB),
Felipe Passos (PSDB), Sargento Guiarone (PROS), Paulo Balansin (Podemos) e o
próprio Vinícius.