Política
VCG vai à Justiça para impedir que protestos fechem terminais
Ação na 3ª Vara Cível de Ponta Grossa quer impedir que manifestantes fechem entrada e saída de terminais e da garagem da empresa em protestos contra o sistema de transporte.
Da Redação | 02 de outubro de 2019 - 09:45
Ação na 3ª Vara Cível
de Ponta Grossa quer impedir que manifestantes fechem entrada e saída de
terminais e da garagem da empresa em protestos contra o sistema de transporte.
A Viação Campos Gerais (VCG) ingressou com uma ação na
Justiça para impedir que protestos contra o sistema de transporte público bloqueiem
a entrada de terminais e da própria garagem da empresa. A medida foi tomada
após uma mobilização de populares nas redes sociais em que pretendiam fechar os acessos por conta do aumento da passagem de ônibus.
O interdito proibitório foi protocolado pelos advogados da
empresa no dia 22 de setembro, logo após o início de divulgações de protestos
nas redes sociais. No documento, a concessionária do transporte público
municipal alega que o bloqueio dos terminais, além de afetar a operação da
empresa, também “prejudica diretamente toda a população que depende do uso de
transporte coletivo como meio de locomoção”. O pedido da VCG tramita na 3ª Vara
Cível de Ponta Grossa.
A ação deixa claro que o objetivo não é impedir a
manifestação contra o reajuste tarifário, mas sim garantir o funcionamento do
sistema e, por consequência, cumprir o contrato firmado entre a empresa e a
Prefeitura de Ponta Grossa.
Nos últimos dias a população tem se mobilizado através das
redes sociais para protestar contra o aumento da passagem de ônibus, reajustada
no mês de setembro e passando dos antigos R$ 3,80 para R$ 4,30. Na última
segunda-feira (30), inclusive, um grupo de manifestantes se reuniu na entrada
do Terminal Central de Ponta Grossa para fazer o ‘velório’ do sistema de
transporte, como forma de protesto.
O grupo, intitulado ‘Ponta Grossa: Não Aguentamos Mais’,
pretendia fazer um abraço coletivo ao redor do terminal – impedindo assim a
circulação temporária dos veículos. O número de adeptos, no entanto, não foi
suficiente. O conjunto é formado por lideranças políticas, líderes comunitários,
presidentes de associações de moradores e de usuários do transporte público.
Em contato com a VCG, o portal aRede foi informado
através da assessoria de imprensa que a ação é uma medida de praxe tomada pela
empresa para garantir a manutenção do serviço e que pedidos semelhantes já
foram solicitados à Justiça em outros momentos – todos para garantir o
funcionamento do sistema.
Reajuste na passagem
foi concedido após 18 meses
O ‘estopim’ das manifestações referentes ao transporte foi o aumento da passagem, definido em setembro pelo Conselho Municipal de Transporte (CMT) e sancionado pelo prefeito Marcelo Rangel (PSDB). O sistema, que deveria ajustar os valores todos os anos, estava funcionando em defasagem há 18 meses por conta de decisões judiciais que impediram a tramitação do processo de reajuste. Mesmo com o novo valor decretado, a empresa afirma que os ônibus rodam com valores incorretos, já que o conselho aprovou uma tarifa técnica no valor de R$ 4,40 – R$ 0,10 acima do decretado por Rangel.