Política
Lideranças criticam fim de Procuradoria e buscam reversão
Representantes e autoridades acreditam que decisão foi equivocada e apontam problemas com fechamento da Procuradoria-Seccional da Fazenda Nacional de Ponta Grossa.
Da Redação | 23 de novembro de 2019 - 06:59
Representantes e
autoridades acreditam que decisão foi equivocada e apontam problemas com
fechamento da Procuradoria-Seccional da Fazenda Nacional de Ponta Grossa.
Lideranças locais estão mobilizadas na tentativa de reverter
a decisão nacional que resultou no encerramento das atividades da Procuradoria-Seccional
da Fazenda Nacional de Ponta Grossa. Na última terça-feira (19), o procurador-geral
da Fazenda Nacional, José Levi Mello do Amaral Júnior, assinou o decreto que
desativa, dentro de 4 meses, a unidade local – transferindo as operações para
Cascavel, Guarapuava e a Unidade Virtual da 4ª Região, sediada em Porto Alegre
(RS).
A oficialização foi bastante lamentada por autoridades e representantes
de Ponta Grossa, que se posicionaram através das redes sociais e em entrevistas
para o portal aRede. É o caso do prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel
(PSDB), que criticou o fechamento da unidade local.
“Este fechamento pode trazer transtornos nos processos, o
que gera desrespeito à cidade, pois umas das atividades realizadas pelo órgão é
abrir ações e processos contra contribuintes locais que não estão em dia com
impostos federais, ou seja, a própria União será prejudicada”, comentou, por
meio de nota divulgada no Facebook. Rangel ainda pediu que a situação seja
revista. “Acredito que esta decisão deve ser analisada e repensada pelos
responsáveis, visto que o serviço é fundamental”.
Também por meio de nota oficial, o deputado federal Aliel
Machado (PSB) informou que recebeu a informação do fechamento da unidade com indignação.
“Consideramos o fechamento da Seccional Ponta Grossa um retrocesso e um
desrespeito com o município. A cidade possuí um papel econômico e industrial de
destaque no Paraná e a Procuradoria é o órgão responsável por defender o
Governo nas questões tributárias e fiscais – com o fechamento, abre-se um vácuo
prejudicial à própria União no que diz respeito à arrecadação de impostos, tão
desejada por este Governo”, afirmou.
O deputado protocolou um requerimento exigindo informações
para a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional em Brasília e solicitou uma
audiência com o Procurador-geral para discutir o assunto e tentar reverter a
decisão. A busca para evitar o fechamento também conta com o apoio de juristas
de Ponta Grossa e da Subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PG),
presidida pela advogada Rubia Goedert.
Juiz Federal aponta
dificuldades, mas evita opiniões
Juiz da 2ª Vara Federal de Ponta Grossa, Antônio Cesar
Bochenek evitou emitir opinião sobre o tema – por ser magistrado, prefere não
se posicionar. Ainda assim, ele acredita que o fechamento deve ocasionar
dificuldades, principalmente aos advogados que precisam se deslocar às unidades
em busca de ajustes em ações e informações. Bochenek disse ainda que foi pego
de surpresa com a decisão, já que a unidade de Ponta Grossa foi desativada em
detrimento de cidades muito menores pertencentes à 3ª Regional, com menos
processos e que não possuem delegacias da Receita Federal.