Política
Acipg sedia audiência sobre ‘Tarifa Zero’ no transporte
Discussão deve trazer modelo apresentado para todo o país, onde sistema seria custeado por fundo nacional. Câmara avalia proposta distinta, com base no custeio por empresas.
Da Redação | 10 de dezembro de 2019 - 03:03
Discussão deve trazer
modelo apresentado para todo o país, onde sistema seria custeado por fundo
nacional. Câmara avalia proposta distinta, com base no custeio por empresas.
Ponta Grossa é sede nesta terça-feira (10) de uma discussão
sobre projetos de custeio do transporte público, o que vem sendo chamado de ‘Tarifa
Zero’. A partir das 19h30, a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de
Ponta Grossa (Acipg) sedia uma audiência pública para discutir sobre o tema,
com foco em uma proposta para criar um fundo nacional de manutenção do sistema.
O evento contará com a presença do deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) e do
presidente do Instituto Brasil Transportes (IBT), o ex-deputado Acir Mezzadri.
O projeto, formulado pelo próprio instituto, propõe a
criação do Fundo Nacional de Transporte Urbano. O objetivo é arrecadar, em
diversas pastas da União, valores que possam custear o transporte público em
todo o país, incluindo em Ponta Grossa. No Brasil são cerca de 39 milhões de
usuários.
A proposta se utilizaria, por exemplo de recursos de
Ministério como o da Educação, do Trabalho e da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos, por exemplo, para custear, respectivamente, a utilização do
transporte por parte de estudantes, de trabalhadores e de idosos. Na prática, cada
grupo populacional seria bancado pelo órgão responsável em nível nacional, de
acordo com o número de usuários do transporte em cada cidade.
Paralelamente, a Câmara iniciou nos últimos dias a análise
do projeto de lei nº 351/2019, de autoria do vereador Felipe Passos (PSDB). Na
proposta, o objetivo é fazer com que as empresas, de acordo com um número de
funcionários contratados, sejam as responsáveis pelo custeio do sistema, com
base em um pagamento mensal a um fundo de transporte local. A medida, no
entanto, desagrada a Acipg, por acreditar que ela onera o empresário.
“Cerca de 70% da receita do transporte já é oriunda dos
empresários, em virtude do vale-transporte, de forma que qualquer mudança a ser
feita não pode onerar, ainda mais, os setores produtivos. Por isso, as
discussões sobre o assunto devem ser aprofundadas e ampliadas para toda a
sociedade”, afirma o diretor Assuntos Comunitários e Governamentais da Acipg,
Luiz Eduardo Pilatti Rosas.
Medidas ainda estão
em fase inicial
Para apresentar o projeto ao Congresso Nacional, a
proposição de iniciativa popular precisa de 1,5 milhão de assinaturas em pelo
menos cinco estados. Já em Ponta Grossa, o projeto de lei do vereador Felipe
Passos está em análise nas comissões internas da Câmara, inclusive na Comissão
de Legislação, Justiça e Redação (CLJR), que deve decidir sobre o caráter
constitucional da sugestão. Ainda não há previsão para que ela seja votada em
plenário.