Comerciantes vivem rotina de medo e insegurança em PG

Empresários que moram no Cará-Cará tiveram seus estabelecimentos furtados duas vezes durante o toque de recolher e reclamam da falta de segurança

Alguns moradores do bairro Cará-Cará, em Ponta Grossa, reclamam de furtos e falta de segurança após o toque de recolher estabelecido na cidade. São relatos de comércios invadidos, prédios públicos vandalizados e residências arrombadas nas últimas semanas. A ocorrências tem despertado a preocupação das autoridades, principalmente porque a maioria dos crimes ocorre durante a madrugada, quando é proibida a circulação de pessoas e o funcionamento de estabelecimentos não essenciais.

Célio dos Santos Lucas, proprietário de uma lanchonete na região do Santa Barbara, conta que o estabelecimento foi invadido e furtado duas vezes nos últimos dias. Ele contou que levaram pequenas quantias de dinheiro e alimentos. “Ontem levaram R$ 70 em moedas, hoje levaram entre R$ 350 e R$ 400 em produtos alimentícios. Não tem câmeras nem nada aqui. Os casos estão frequentes”, comenta.

Ainda de acordo com Célio, uma casa da região foi invadida recentemente. Os moradores foram rendidos e tiveram celulares e outros pertences roubados. Além desses casos, há relatos de uma série de invasões e furtos a outros tipos de estabelecimento por todo o bairro.

Djeane Aparecida de Moraes Lucas, também moradora do bairro, contou que o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) do bairro já foi alvo de vários crimes e nada foi resolvido. Ela garante que há imagens do ladrão circulando dentro do local e que a última invasão da unidade de ensino aconteceu no último fim de semana.

Ela reclama que invadiram sua lanchonete na madrugada desta sexta-feira (21). Ainda segundo Dejane, os furtos que aconteceram em vários locais da região foram registrados por câmeras de segurança. “Roubaram também a fiação elétrica da escola do Cará-Cará na semana passada. Faz uns 15 dias que entraram em um alojamento, levaram celulares e outros pertences das pessoas que ali residem, também tem imagens gravadas”, afirma.

Ainda conforme a moradora, a polícia foi acionada na quinta-feira (20) e o boletim de ocorrência só foi realizado nesta sexta. Os crimes ainda seguem sem solução e os moradores continuam com o medo permanente de furtos e assaltos. “Nós pedimos mais segurança, pois estamos cumprindo com as normas do toque recolher, cumprindo com os horários. Mas daí pergunto, cadê a segurança? A fiscalização do toque de recolher?”, indaga Djeane.