Política
Gaeco faz denúncia e isenta Zampieri e Roberto Pelissari
Na ação encaminhada nesta terça-feira à Justiça, vereador foi citado como informante. Já presidente da AMTT não foi citado na denúncia
Da Redação | 30 de dezembro de 2020 - 02:39
Na ação encaminhada nesta terça-feira à Justiça, vereador foi citado como informante. Já presidente da AMTT
não foi citado na denúncia
A denúncia oferecida nesta terça-feira (29) pelo promotor
Antônio Albanes, do Gaeco, não cita o vereador Ricardo Zampieri (Republicanos)
e o presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), Roberto
Pelissari. Os dois foram presos no último dia 15, durante a operação Saturno, e
chegaram a ficar nove dias detidos - parte da prisão foi cumprida na
Penitenciária Estadual de Ponta Grossa (PEPG) e outra parte no Complexo Médico
Penal (CMP), em Pinhais.
O vereador Ricardo Zampieri (Republicanos), presidente da
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a contratação da empresa
Cidatec pela Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes do Município (AMTT)
para a implantação e operação do “Estar Digital”, em Ponta Grossa, não foi
indiciado e nem acusado formalmente à Justiça Criminal.
O portal aRede teve acesso à denúncia que foi encaminhada
nesta terça-feira (29), à 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa. Neste documento,
Zampieri é citado apenas como ‘informante’ pelo Gaeco. Outros três vereadores
da mesma comissão (Guiarone De Paula Júnior, Ezequiel Marcos Ferreira Bueno e
Vinicius De Camargo Wenceslau) também são citados como ‘informantes’.
O prefeito Marcelo Rangel (PSDB), em uma live transmitida
nas redes sociais, comemorou o que classificou como “inocência” do presidente
da AMTT, Roberto Pelissari. Durante o inquérito, Rangel chegou a afirmar que
Roberto “nunca os decepcionou” e era um “homem de família”.
Mesmo apresentando a denúncia contra o vereador Walter José de Souza, o Valtão (PRTB), e contra os empresários Alberto Abjumara Neto, Antonio Carlos Domingues de Sá, Celso Ricardo Madrid Finck e João Carlos Barbiero, o Gaeco continua com as investigações.
'Foi uma prisão arbitrária', dizem advogados
O posicionamento do Ministério Público e do Gaeco, em
relação a Zampieri, foi comentado pelos advogados João Manoel Grott e Jorge
Sebastião Neto que defendem os vereadores. “Não existia prova nenhuma contra o
Ricardo (Zampieri). Não existia nada, nada que desabonasse a conduta do
Ricardo, que inclusive foi o único que peitou, que contrariou e apresentou
responsabilidades sobre o sistema fraudulento do sistema do EstaR Digital. E
mesmo assim acabou de uma forma arbitrária sendo investigado pelo Gaeco”, dizem
os advogados.
Segundo os defensores, a denúncia apresentada nesta
terça-feira (29), à Justiça, vem comprovar que não tinha o porquê de ele ser
preso. “Foi uma forma arbitrária, tanto que não apresentaram denúncia contra
ele, mas de uma forma extremamente abusiva mantiveram o Ricardo [Zampieri] em
uma prisão temporária desnecessariamente, trazendo um dano moral a sua imagem e
uma dor imensurável aos seus familiares”, dizem os advogados.