Política
Valtão nega que recebeu ‘propina’ na CPI do Estar Digital
Defesa do vereador alega que dinheiro apreendido com ele durante operação do Gaeco teria sido emprestado por empresário
Da Redação | 03 de fevereiro de 2021 - 09:32
Defesa do vereador
alega que dinheiro apreendido com ele durante operação do Gaeco teria sido
emprestado por empresário
Em prisão domiciliar desde o início do ano e investigado por
corrupção, o vereador Walter José de Souza, o Valtão (PRTB) voltou a alegar
inocência e negou ter recebido propina quando foi relator da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) do Estar Digital. O caso foi alvo de uma
operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do
Ministério Público do Paraná (MPPR) e resultou na prisão de dois vereadores, do
então presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT) e de
quatro empresários da cidade.
Segundo os advogados Fernando Madureira e José Valdeci da
Rosa, que representam o parlamentar, Valtão nega que recebeu qualquer valor da
empresa Cidatec para alterar o resultado da CPI que apurava eventuais
irregularidades no contrato realizado com a AMTT para implantação do Estar
Digital.
De acordo com Madureira, o valor apreendido com Valtão no dia de sua prisão não seria fruto de propina “e sim empréstimo feito pelo sr. João Barbiero, o qual é do mesmo partido político”. O advogado argumenta ainda que “se este sr. Barbieiro pediu dinheiro para os empresários dizendo que era para o vereador, é mentira”, complementando ainda que “é rotina ocorrer situações em que malandros pedem propina dizendo que é para agentes públicos e embolsam o dinheiro”.
Madureira também garantiu que o relatório da CPI do Estar
Digital não foi assinado apenas por Valtão, que era o relator do projeto, mas
também por outros vereadores. “Sendo assim, se havia alguma irregularidade,
deveria ser apontada pelos demais parlamentares, o que não ocorreu”. O defensor
do advogado também garante que a inocência do vereador será provada durante o
andamento do processo criminal. “Se existir qualquer gravação do Vereador
pedindo dinheiro para favorecer a empresa Cidatec, não necessita ser pedida sua
cassação ele mesmo renúncia ao mandato”, alega.