Política
Parque Vila Velha conquista selo Aterro Zero
Em parceria com a KWM, Parque Vila Velha torna-se o primeiro parque em uma unidade de conservação brasileira a destinar 100% dos seus resíduos para reciclagem e coprocessamento
Da Redação | 20 de maio de 2021 - 09:48
Em parceria com a KWM, Parque Vila Velha torna-se o primeiro
parque em uma unidade de conservação brasileira a destinar 100% dos seus
resíduos para reciclagem e coprocessamento
O Parque Vila Velha entra para a história do turismo
sustentável do Brasil como o primeiro parque de uma unidade de conservação do
país a conquistar o selo Aterro Zero por sua Gestão de Resíduos Sólidos. Nesta
quarta-feira (19), a KWM – Kapersul Waste Management concedeu ao Parque o selo
Aterro Zero. O certificado é a garantia de que parque faz corretamente a coleta
e destinação de todos os resíduos gerados por sua operação, sem destinar uma
única grama de lixo para aterros sanitários.
“Um parque que tem a natureza como seu principal patrimônio
e atrativo tem que cuidar do meio ambiente como um todo. Por isso, firmamos
essa parceria com a KWM para desenvolver uma solução customizada para a gestão
responsável e sustentável de todos os resíduos sólidos produzidos dentro do
parque. Nossa Política de Gestão de Resíduos Sólidos foi aprovada integralmente
pelo Instituto Água e Terra e hoje temos o orgulho de estar escrevendo um novo
capítulo na história do turismo brasileiro”, destacou Leandro Ribas, gestor da
Soul Vila Velha, concessionária do parque.
Leon Fernando Miecoanski, consultor ambiental da KWM,
responsável pelo projeto do Parque Vila Velha, explicou que nos meses de
estudos e implementação do projeto o parque produziu cerca de duas toneladas de
resíduos sólidos por mês, sem considerar os resíduos vegetais produzidos pela
poda e manutenção das áreas verdes, que são usados como adubo natural, conforme
o plano de manejo do parque.
Do total de resíduos, cerca de 60% são recicláveis (papel,
metal, plástico e vidro) e 40% são resíduos orgânicos e rejeitos (material que
não pode ser reaproveitado). Com o plano de gestão, os rejeitos do Parque Vila
Velha estão sendo utilizados como combustível alternativo na produção de
cimento, por coprocessamento. Os resíduos orgânicos estão sendo transformados
em adubo pelo processo de compostagem. Os resíduos recicláveis são triados,
classificados por tipologia e destinados para diferentes indústrias de
transformação, retornando ao uso como matéria-prima ou novos produtos.
Em média, 1 kg de resíduo reciclável produz 0,7 kg de novos
produtos. No futuro, com o parque operando com sua capacidade total de
visitantes e o funcionamento de novos restaurantes, a KWM projeta coletar cerca
de 4 toneladas de resíduos sólidos por mês, o dobro do volume atual.
O projeto prevê que uma parcela dos resíduos gerados pelo
parque retorne, após processamento, como novos produtos, gerando uma economia
circular. Parte desse processo já está acontecendo, pois todos os sacos de lixo
usados dentro do parque são produtos reciclados. No futuro, Leon explica que o
parque poderá usar papel higiênico, toalha de papel, dispensers de papel
toalha, placas de sinalização e até brindes e souvenirs com material reciclado
a partir dos resíduos gerados pelo próprio parque. “Até os uniformes antigos
dos funcionários podem ser transformados em cobertores”, completa.
Com o projeto Aterro Zero, o Parque Vila Velha elimina seu
passivo ambiental, reduz em até 45% as emissões de CO2, minimiza impactos
ambientais e contribui para a redução do uso de combustíveis fósseis.
Cadu Guimarães, CEO da Soul Parques e diretor-presidente da
Soul Vila Velha, destacou que o selo Aterro Zero é resultado da união de todos:
poder concedente, concessionária, parceiros, colaboradores e visitantes. “Esse
é um projeto de referência nacional e ainda teremos muita coisa boa pela
frente. Estamos aqui para escutar, buscar soluções e sugerir outras,
aproveitando as experiências que temos em outras operações. Com certeza, o selo
Aterro Zero do Parque Vila Velha é uma importante contribuição para o planeta”,
afirmou.
Para o secretário de Desenvolvimento Sustentável e Turismo
do Paraná, Márcio Nunes, o Parque Vila Velha passa a ser um exemplo para o
Paraná e para o Brasil. “Este é o primeiro parque concedido pelo Estado à
iniciativa privada e é um grande sucesso! Com o selo Aterro Zero, além de um
parque turístico e ambiental, começa a apresentar resultados positivos para a
sociedade, reduzindo as emissões atmosféricas e não sobrecarregando os aterros
sanitários. Esperamos que outros empreendimentos e outros parques sigam esse
exemplo”, afirmou.
Nunes destacou que projetos como esse estão embasadas nos 4
Ps: Pessoas, Parcerias, Persistência e Planeta. “Quanto pessoas firmam
parcerias estratégicas e são persistentes em seus propósitos, quem ganha é o
Planeta”, destacou.
Um ano de concessão – “Pensa numa coisa que deu certo”.
É assim que o secretário Márcio Nunes avalia o primeiro ano de concessão do
Parque Vila Velha à Soul Vila Velha, empresa do grupo Soul Parques. “Quem
chega, já vê a diferença. A concessionária tem um corpo técnico robusto e uma administração
totalmente profissional. O parque é um sucesso e se tornou uma grande âncora
para todo o turismo da região central do Paraná. O turista só vem onde tem um
bom produto, um bom receptivo e múltiplas atividades. Além do turismo de
contemplação, com Arenitos, Furnas e Lagoa Dourada, temos hoje no Parque Vila
Velha o turismo de aventura, o turismo gastronômico e o turismo cultural, por
meio do artesanato”, destacou.
Nunes enalteceu a parceria público privada. “Com a
iniciativa privada, as coisas acontecem com maior agilidade, muito mais rápido
do que andaria na mão do Estado. Onde o Estado gastava muito dinheiro para
manter isso todos os meses, agora o Estado está recebendo. Parceria boa é essa,
quando o Estado deixa de gastar e começa a receber, com melhorias para os
turistas e com o entendimento de toda a sociedade”, completou.
O secretário adiantou que o modelo de concessão do Parque
Vila Velha deverá ser usado nas próximas concessões, como os parques Guartelá e
do Vale do Codó, além de partes da Ilha do Mel e da Ilha das Cobras.
A entrega oficial do selo Aterro Zero ao Parque Vila Velha
contou com as presenças do secretário do Desenvolvimento Sustentável e Turismo
do Paraná, Márcio Nunes, do diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Rafael
Andreguetto, do chefe regional do Instituto Água e Terra (IAT) em Ponta Grossa,
Ivan Loureiro, do chefe da Unidade de Conservação pelo IAT, Juarez Baskoski, da
diretora da Paraná Turismo, Isabela Tioqueta, e dos secretários municipais
de Ponta Grossa do Meio Ambiente, Andre Pitela, e do Turismo,
Paulo Roberto Stachowiak, além do diretor da KWM, Marcus Machado, do CEO da
Soul Parques e diretor-presidente da Soul Vila Velha, Cadu Guimarães, e do
diretor Financeiro da Soul Parques, José Roberto Scheller Filho.