Política
Forças Armadas não vão interferir nas eleições
Declaração foi feita após manifestação de presidente do TSE; Edson Fachin criticou as tentativas de se desacreditar o sistema eleitoral brasileiro
Da Redação | 14 de maio de 2022 - 19:02
Declaração foi feita após manifestação de presidente do TSE; Edson Fachin criticou as tentativas de se desacreditar o sistema eleitoral brasileiro
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (12),
durante live nas redes sociais, que as Forças Armadas não vão
interferir nas eleições. A declaração foi uma resposta ao presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, que mais cedo criticou as
tentativas de se desacreditar o sistema eleitoral brasileiro.
"Eu não sei de onde ele [Fachin] está tirando esse
fantasma que as Forças Armadas querem interferir na Justiça Eleitoral. Não
existe interferência, ninguém quer impor nada, ninguém quer atacar as urnas,
atacar a Democracia, nada disso. Ninguém está incorrendo em atos
antidemocráticos. Pelo amor de Deus! A transparência das eleições, eleições
limpas, transparente, é questão de segurança nacional", afirmou.
Horas antes, durante uma visita à sala do TSE onde estão
sendo realizados testes de segurança nas urnas eletrônicas, o ministro Edson
Fachin criticou as tentativas de se levantar suspeitas sobre as urnas
eletrônicas.
"Quem trata de eleição são forças desarmadas e,
portanto, dizem respeito à população civil, que de maneira livre e consciente
escolhe seus representantes. Logo, diálogo sim, colaboração sim, mas a palavra
final é da Justiça Eleitoral", disse Fachin.
As Forças Armadas compõem, desde o ano passado, a Comissão
de Transparência Eleitoral (CTE), criada pelo próprio TSE, envolvendo
diferentes órgãos. O objetivo foi dar ainda mais transparência ao processo
eleitoral. Militares fizeram uma série de sugestões à Corte sobre o processo
eleitoral, sendo que algumas acatadas e outras não foram incorporadas pela área
técnica do tribunal.
"Vamos ter, dia 2 de outubro — o Brasil terá —, eleições limpas, seguras, com paz e segurança. Ninguém e nada interferirá na Justiça Eleitoral. Não admitimos qualquer circunstância que impeça o brasileiro de se manifestar", afirmou Fachin.