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PG estuda criar aldeia para população indígena

Três opções foram analisadas pela Prefeitura, que no momento disponibiliza atendimento emergencial aos índios na cidade

Residência em Uvaranas é utilizada e abriga 31 pessoas de quatro famílias
Residência em Uvaranas é utilizada e abriga 31 pessoas de quatro famílias -

Três opções foram analisadas pela Prefeitura, que no momento disponibiliza atendimento emergencial aos índios na cidade

Ainda sem finalizar o Plano Municipal de Política Pública para a População Indígena em Ponta Grossa, a Prefeitura estuda medidas para atender a população residente no município. A criação de uma ‘aldeia’ é estudada e três pontos na cidade já foram analisados para a implantação desta possibilidade.

Segundo a gerente administrativa da Secretaria de Políticas Públicas Sociais (SMPPS), Jocemara Santos, a possibilidade é estudada a partir de um pedido dos indígenas e uma avaliação do órgão que constatou uma dificuldade de habitação dessas pessoas em uma residência convencional. Algumas possibilidades já foram analisadas a partir da disponibilidade de terrenos indicados pela Secretaria de Patrimônio. Duas opções, uma na região da Colônia Dona Luiza e outra no Parque Nossa Senhora das Graças, foram dispensadas pela distância da região central, onde muitos deles vendem materiais de artesanato. A área do Parque Margherita Masini também foi analisada, mas refutada por opção da Prefeitura.

Uma residência no bairro Jardim Carvalho era utilizada, mas teve de ser desativada há cerca de quatro meses. “Tínhamos um imóvel no Jardim Carvalho para eles utilizarem. No ano passado, o imóvel foi incendiado e essa é a segunda vez que isso acontece. A partir daí, tivemos que suspender o uso dessa residência”, explica. A casa também não poderia ser utilizada de forma permanente por ter sido construída com recursos do Fundo da Infância e Adolescência (FIA). Esta casa chegou a ser incendiada por andarilhos em maio de 2018.

Uma outra residência no bairro de Uvaranas, que pertence à União, também já havia tido focos de incêndio em 2014 e em janeiro do ano passado. Esta casa voltou a ser ocupada e atualmente abriga 31 pessoas de quatro famílias – uma delas tem 13 pessoas. Em média, aproximadamente 20 indígenas transitam na cidade com o número podendo chegar até 50 pessoas durante o verão.

Neste momento, a Secretaria disponibilizou um terreno nas proximidades da sede do órgão, no bairro de Olarias, para atender esta demanda. Jocemara afirma que uma família procurou a SMPPS há uma semana, mas teve problemas por não haver um banheiro instalado. Segundo a representante da pasta, a demanda deve ser solucionada nos próximos dias. A gerente explica que, atualmente, a Secretaria tem prestado atendimento emergencial aos solicitantes. “Quando eles vem aqui e solicitam ajuda, para alguma questão emergencial, e nós conseguimos apoiar. Fazemos um atendimento paralelo, mas ainda não temos um planejamento a longo prazo”, conclui a diretora.

Secretaria quer fundamentar plano no município

Jocemara argumenta que a Prefeitura assumiu a causa a partir da omissão da Fundação Nacional do Índio (Funai) no município. Segundo a representante da pasta, a criação de Plano Municipal de Política Pública para a População Indígena é uma das prioridades da secretaria, mas que o tema não teve grandes avanços até o momento. “Essa situação preocupa a Secretaria e estamos desde o ano passado com essa discussão. Temos uma cobrança constante do Ministério Público Federal (MPF) em relação a isso. Entendemos que há uma grande dificuldade da população em entender que temos que assegurar o direito de ir e vir dessas pessoas”, relata.

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