PONTA GROSSA
Vereadores pedem que MP paralise instalação de aterro
<b style="font-family: "Titillium Lt"; color: rgb(0, 0, 0);">Sargento Guiarone (PROS) e Celso Cieslak (PRTB) protocolaram documentos na sede do órgão em Ponta Grossa. Grupo vê irregularidades em empreendimento da Zero Resíduos.</b>
Da Redação | 12 de junho de 2019 - 09:28
Sargento Guiarone
(PROS) e Celso Cieslak (PRTB) protocolaram documentos na sede do órgão em Ponta
Grossa. Grupo vê irregularidades em empreendimento da Zero Resíduos.
A novela envolvendo a instalação do Centro de Tratamento de
Resíduos (CTR) na divisa entre os municípios de Ponta Grossa e Teixeira Soares,
às margens do Rio Guaraúna, ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (11). Os
vereadores Celso Cieslak (PRTB) e Sargento Guiarone (PROS) protocolaram no
Ministério Público (MP) um pedido para que seja paralisado o processo de
instalação do empreendimento.
Os dois ainda contam com o apoio do vereador e presidente da
Câmara de Teixeira Soares, Emerson Vidal (PSD), na tentativa de não permitir o
início do funcionamento do aterro. De acordo com o grupo, o empreendimento está
instalado em um local irregular e com alguns procedimentos que não foram
autorizados por órgãos competentes – dentre eles o Instituto Ambiental do
Paraná (IAP).
Os vereadores ainda alegam problemas de caráter ambiental,
opinião intensificada após a divulgação de imagens aéreas mostrando que o
excesso de chuvas causou o alagamento em regiões muito próximas ao CTR. De
acordo com os vereadores, existe uma preocupação em relação à contaminação das
águas da região.
Na terça-feira (11), Guiarone e Cieslak ainda se reuniram
com procurador do MP, Honorino Tremea, para explicar alguns dos itens que
compõem a documentação entregue ao órgão. Os vereadores foram alertados, no
entanto, que é preciso que a comarca de Teixeira Soares do Ministério Público
acione apoio de Ponta Grossa nas investigações, já que o aterro está instalado
no município vizinho.
“Estamos em conversa com os vereadores de lá [Teixeira
Soares] para que sejam apresentados os documentos na comarca. Não somos
técnicos, mas através das imagens e da documentação colhida, acreditamos
existir provas suficientes para que os órgãos competentes peçam a paralisação
temporária da instalação, até que seja feita uma nova vistoria”, explica
Guiarone.
Dentre as provas, o vereador cita a escavação irregular do
terreno e a instalação de um dreno – ambos sem autorização do IAP, segundo ele.
O grupo ainda explica que o empreendimento está construído a 13 km do Aeroporto
Sant’Ana, mas a Legislação obrigaria que a instalação fosse feita em uma
distância mínima de 20 km. “Não somos contra o empreendimento, mas pedimos
atenção em relação ao lugar que ele foi instalado. Se chegarem ao consenso de
que está tudo dentro da legalidade, aí não vejo problema algum no aterro”,
garante Guiarone.
Grupo tem apoio de 16
órgãos
Quando reuniu a documentação necessária para o pedido de paralisação da instalação, os vereadores receberam apoio ou um aval técnico de 16 entidades e órgãos públicos, segundo Guiarone. Dentre eles estão a Sanepar, o Consórcio da Bacia do Tibagi e técnicos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Nos últimos dias, o grupo também recebeu o apoio da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), presidida pelo deputado estadual Goura Nataraj (PDT).