Moda está mais significativa em relação a identidade pessoal

Confira a Coluna dessa semana do mundo da Moda com Silvana Hass

Quando comemoramos a passagem do ano de 2019 para 2020 toda a atenção já estava sendo programada, tudo normal, já que não há relatos que uma empresa não projete e analise como foi o seu crescimento. Sua compreensão está nos gráficos que sobem ou descem durante um ano em praticamente todos os segmentos. Sendo assim, empresas estudam metas e estabelecem seus planejamentos mais convencionais para o novo ano. Como estratégias que visam, no mínimo, identificar e entender o consumidor, compondo os chamados planos de ação, o que diretamente envolve compradores e concorrentes. No entanto, ao contrário de todas as estratégias e planejamentos já desenvolvidas o que prevaleceu como notícia e inverteu gráficos de forma abrupta foi um “Vírus”.

A pandemia se tornou global, uma pandemia repentina e severa em pouco tempo e mudou o comportamento das pessoas. Mas afeta a maneira das pessoas se vestirem? Sim.

A função da moda, um deles é representar a diferenciação, neste caso, não falo apenas de classes, e de adaptações, ela já refletiu inúmeras vezes na história a moda em que décadas ficaram marcadas pelo uso de determinadas peças de roupas e agora já é marcada o ano de 2020.

Aqui inicia nossa matéria. A moda trabalha em um tripé formado pela modernidade, moda no sentido de sua criação e pelo marketing. E essa relação entre os três componentes que formam a base sustentadora ditadura, se impõe no comportamento de compra do consumidor.

Assim as tendências foram sendo adotadas como a atual estilo chamado “cottagecore”, tem inspiração e uma interpretação na estamparia romantizada dos agricultores ocidentais. Peças como vestidos com estampas delicadas de pequenas flores, xadrez, linho, esses vestidos são soltos. O busto se adapta ao elastano o que traz segurança ao movimento e o fluir da saia que leva ao conforto, simplicidade da vida e da roupa usada no campo, onde ainda cantam livres os passarinhos ao amanhecer.

Imagine você neste momento em um campo cheio de flores campestres caminhando, logo se verá correndo para sentir a brisa tocar em seu rosto essa é a proposta da tendência seja livre para abraçar a natureza.

 “A pandemia” devastou e ao mesmo tempo inovou o mundo da moda e valorizou ainda mais sua importância que antes infelizmente, “Moda” era considerada com futilidade.

Moda é tempo, história, cíclica, democrática segue conceitos, transformação, e eternamente valoriza os clássicos ou pessoas que deixam sua marca e personalidade marcada para que ela a Moda nunca deixe está presente seja em qualquer linha do tempo.

Temos como exemplo outra tendência e muito atual fique atenta. O estilo da princesa Diana transformava um básico em um clássico, fato nunca teve medo de imprimir sua personalidade fugindo até mesmo das regras impostas da família real britânica. Ela soube explorar as tendências dos exageros de 1980, com sofisticação. O lenço na cabeça será hit do verão 2021? Sim já postei sobre o tema, mas ele fez parte das produções da princesa Diana décadas atrás. 

Hoje vou finalizar nossa matéria com uma questão. A pandemia é global e mudou o comportamento das pessoas, concorda? Com isso surge um estilo “cottagecore” tendência para 2021. Apenas para refletir, a Princesa Diana durante a sua primeira aparição em um evento público ao lado do noivo usou um vestido preto, seu noivo criticou sua escolha pedindo que trocasse o modelo, considerou impróprio “a realeza preto apenas em ocasiões fúnebres”. A resposta de Diana foi, “Mas eu ainda não faço parte de sua família”, fica aqui o maior exemplo de que suas escolhas e agora mais do que nunca estão sendo apresentadas com significados pessoais regatando a liberdade de expressão e de sua personalidade. A moda contribui para uma transformação? Sim.