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A morte de uma inocente não pode ficar impune em PG

É preciso considerar que a população aumentou, assim como a cidade cresceu, e o sistema não acompanhou esta expansão.
É preciso considerar que a população aumentou, assim como a cidade cresceu, e o sistema não acompanhou esta expansão. -

A morte de Geovana dos Santos Wilczeski, 10, confirmada nessa sexta-feira (26), pelas autoridades policiais de Ponta Grossa, precisas ser debatida na Câmara de Vereadores e levada à discussão nas entidades representativas do Município. É inadmissível uma criança morrer de forma tão cruel, por conta da ação de criminosos. É inaceitável que o ponta-grossense torne-se refém de bandidos. A luta contra o crime precisa ser deflagrada imediatamente.

O trágico acontecimento traz à luz do debate a facilidade com que os bandidos tenham acesso à arma de fogo. Bandidos circulam livremente pelas ruas da cidade, assaltando, matando e intimidando a população. E fazem isso por um simples motivo: sabem que a estrutura policial da cidade é diminuta e a possibilidade de encontrarem uma blitz, principalmente nos bairros mais distantes do Centro, é praticamente nula.

A Lei 10.826 de 22 de dezembro de 2003, o Estatuto do Desarmamento, surgiu como uma tentativa de conter a comercialização e uso de armas de fogo indiscriminadamente por civis no território nacional, dificultando a aquisição por quem seja desprovido de boas intenções, ou de condições racionais mínimas de uso. O objetivo maior era reduzir os índices de violência, sobretudo os números de homicídios provocados por armas de fogo, muitos deles perpetrados por banalidades, garantindo, dessa forma, aos cidadãos de bem, um mínimo de segurança desejável.

A partir de dois decretos de 2023, novas regras para o registro de armas passaram a valer no Brasil. Foi reduzido de quatro para dois o número de armas que podem ser adquiridas por civis para defesa pessoal. Também diminuiu a quantidade de munição que uma pessoa pode comprar anualmente: de duzentas para 50 munições por arma de fogo. Além disso, foi retomada a obrigatoriedade de comprovação da efetiva necessidade para a compra da arma. O cidadão deve ainda cumprir outras regras, como a comprovação de inexistência de inquérito policial ou processo criminal.

A matança diminuirá em Ponta Grossa e em qualquer outra cidade brasileira a partir de um efetivo combate ao armamento. As forças de segurança precisam deflagrar ações específicas para apreender armas de fogo, realizando batidas em estabelecimentos comerciais e montando barreiras de fiscalização nas estradas e ruas. A regulação efetiva de munições e do porte de armas de fogo é uma tarefa crucial para a segurança pública.

Da mesma forma, é preciso punir com rigor os bandidos envolvidos na morte de Geovana. Um dos suspeitos ainda continua foragido e as autoridades policiais contam com a imprescindível ajuda da população para encontrá-lo. Em Ponta Grossa não pode haver espaços para criminosos.

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