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Agente funerário se apresenta na sede do Nurse

A 'Operação Ressurreição' durou nove meses e culminou com a prisão de doze pessoas, em cinco cidades, na terça-feira.

O agente funerário Vagner de Souza Ferreira se apresentou no fim da manhã desta quarta-feira (27) ao Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce). Ele era considerado foragido ao não ser encontrado pela polícia na terça-feira (26), durante a deflagração da “Operação Ressurreição”, que desarticulou uma quadrilha responsável por fraudar a obtenção do seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres) e o rodízio de empresas funerárias em Curitiba.

 A investigação durou nove meses e culminou com a prisão de doze pessoas, em cinco cidades, na terça-feira. Ferreira trabalha em uma funerária suspeita de estar envolvida no esquema e tinha contra ele um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. Nesta quarta-feira, o delegado do Nurce, Renato Figueroa, começou a colher os depoimentos das pessoas detidas.

Além dos doze presos, um médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Colombo, um advogado e um gerente de banco foram alvos de mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para depor na delegacia). Durante a ação policial, foram apreendidos cinco armas de fogo, munição, documentos e R$ 4,8 mil em dinheiro.

A quadrilha aplicava duas modalidades de golpe. Uma envolvendo mortes naturais, através das quais burlavam o rodízio funerário da capital. Outra nos casos das mortes ocorridas em acidentes de trânsito e atropelamentos. Em ambas, corrompiam os motoristas do Instituto Médico Legal (IML), para que estes passassem informações privilegiadas e em tempo real dos óbitos ocorridos na capital, região metropolitana e em Ponta Grossa.

Para cada “corpo”, a quadrilha oferecia cerca de R$ 700 aos motoristas do IML. Dos quatro funcionários do Instituto presos, pelo menos dois deles usavam aparelhos celulares em nome dos suspeitos e obviamente pagos por eles, visando facilitar o repasse das informações.

No caso do DPVAT, a quadrilha obtinha procurações para entrar com o pedido de seguro e entregava apenas uma pequena parcela à família, alegando ter sido o restante gasto com as despesas do enterro.

A investigação apurou pelos menos três casos nos quais os filhos alegavam a morte dos próprios pais para obtenção do benefício. Um deles seria Luciano Alis Ferreira, líder da quadrilha, que foi preso juntamente com o seu pai “morto”, Luiz Gonzaga Ferreira, dono de uma funerária em Pinhais.

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