Comerciantes pedem retorno do transporte em PG

A manifestação reuniu centenas de comerciantes na principal via central de Ponta Grossa. Eles pedem o retorno do transporte coletivo e a reabertura do comércio com horário ampliado

A avenida Vicente Machado, no centro de Ponta Grossa, foi palco de manifestação na tarde desta sexta-feira (26). Lojistas e funcionários do comércio se reuniram para reivindicar soluções efetivas para aquecer a economia e evitar demissões em massa no segmento. Além dos comerciantes, proprietários de restaurantes e lanchonetes também participaram do protesto. 

De acordo com o proprietário de uma empresa de alimentação em Ponta Grossa, a situação está delicada e o desligamento de colaboradores é um risco iminente. "Nós temos cerca de 30 funcionários, já demos férias, fizemos banco negativo de horas, não temos mais o que fazer. A situação financeira está muito delicada e não tem outra saída. Já demitimos quatro pessoas. Estamos evitando ao máximo as demissões, estamos segurando até onde dá", relatou o empresário. 

A manifestação teve início às 15h e durou pouco mais de uma hora. 

Pauta de reivindicações

Os comerciantes acreditam que a abertura do comércio em horário ampliado é uma alternativa para que as lojas possam ficar abertas, sem risco de aglomerações. Outro pedido é o funcionamento do transporte coletivo. "Precisa de fiscalização e ampliação da frota. Suspender o sistema não é a solução", disse um lojista. 

Reabertura escalonada

O governo municipal publicou em Diário Oficial um novo decreto, que estabelece as novas regras para o combate da covid-19 em Ponta Grossa. No documento, a Prefeitura autoriza o funcionamento do comércio em horário reduzido e de forma escalonada. Além disso, o transporte coletivo da cidade permanece sem funcionar por mais sete dias.

Marcos Cesar tem uma loja no shopping de Ponta Grossa. Ele reivindica o retorno do transporte coletivo e a reabertura com horário ampliado de todo o comércio. "Não é descaso com o que está acontecendo, porém uma loja que fecha representa famílias que deixam de trabalhar, impostos que deixam de ser arrecadados. Esta abertura parcial não vai resolver o problema", explica.

"Quando os ônibus não funcionam a gente está gerando um outro problema com funcionário. Abrir o comércio para ter ruas vazias por falta de transporte, não vai adiantar nada", disse. "A reivindicação é que haja o bom senso da ampliação do sistema do transporte público para que as pessoas possam trabalhar, mas com fiscalização", concluiu o empresário.