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Pensar no futuro e fazer no presente

O Brasil é um dos países mais ricos do mundo no que diz respeito à biodiversidade, mas vem perdendo seu patrimônio natural, como resultado de séculos de exploração descontrolada. Isso tem causado impacto direto na vida das pessoas e na agenda das próprias empresas, em virtude do comprometimento de processos ecológicos e da consequente limitação da disponibilidade de serviços ambientais. Exemplo recente é a crise hídrica enfrentada no Estado de São Paulo: a escassez de água está impactando as atividades produtivas das empresas e o abastecimento de insumos e matérias-primas, além de interferir em questões de saúde e qualidade de vida.

O setor privado está percebendo que a destruição da natureza é um fator que implica em perdas econômicas e custos adicionais à produção cada vez maiores, isso quando não acaba inviabilizando o próprio negócio. Reduzir esses riscos é cada vez mais necessário e, felizmente, muitas empresas já avançaram em diversas frentes ambientais, como a gestão de resíduos sólidos e o consumo de energia e de água.

Contudo, é preciso ir além, não se limitando ao cumprimento da legislação vigente e à identificação dos impactos ao meio ambiente provenientes do seu processo produtivo. Também precisamos discutir dentro das empresas as causas e os efeitos da perda da biodiversidade, para contribuir na sua conservação e assim garantir a evolução dos negócios com a preservação do meio ambiente. Essa atitude é fundamental para a manutenção dos serviços ambientais, base de nossa economia e qualidade de vida.

O Grupo Boticário – que controla as unidades de negócio O Boticário (criado em 1977), Eudora (2011), quem disse, berenice? (2012) e The Beauty Box (2012) – adota uma política de responsabilidade social corporativa e de sustentabilidade que orienta suas decisões e iniciativas para que considerem as questões ambientais e sociais juntamente com as metas de crescimento e rentabilidade do negócio. Para nós, não é meramenteum jargão: sustentabilidade é um jeito de olhar a sociedade e como trabalhamos diante da realidade. Sabemos, no entanto, que ainda há muito o que fazer.

Nossa contribuição vai além das ações de sustentabilidade diretamente ligadas ao negócio e essa é uma cultura que nos orgulhamos de preservar ao longo da história da empresa. Acreditamos que a natureza tem valor intrínseco, não existindo apenas para nos fornecer os recursos dos quais necessitamos, e sim pelo direito de todos os seres vivos de estarem ali. Neste contexto, em setembro de 1990 aderimos à causa da conservação ambiental e criamos a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Hoje, com 25 anos, a Fundação é a principal expressão da política de investimento social privado do Grupo e também é reconhecida como a mais importante instituição ligada a uma empresa privada a investir na conservação da natureza no Brasil.

Embora seja mantida pelo Grupo Boticário, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza tem gestão autônoma e independente da empresa. As ações da instituição são planejadas de forma a atender demandas de conservação da biodiversidade de toda a sociedade, no Brasil e no mundo, seguindo os objetivos globais delineados, por exemplo, pelas Convenções da ONU sobre Diversidade Biológica e Mudança do Clima.

Os exemplos do Grupo Boticário e de nossa Fundação mostram que é possível e viável ao setor privado inserir a conservação da natureza na sua agenda. Conclamamos outras empresas a também assumirem esse compromisso e estarem na vanguarda de um movimento que chegou para ficar e não tem mais caminho de volta. Com crescimento e sustentabilidade, o futuro a gente faz agora!

Artur Grynbaum
[email protected]
*Autor é é presidente do Grupo Boticário e diretor-presidente da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

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