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Atraso no Minha Casa Minha Vida preocupa construtores

Sem novos contratos de financiamento, construtores de Ponta Grossa tem insegurança nos investimentos 

Os atrasos do Governo Federal nos repasses para o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) começam a surtir efeito nos pequenos construtores de Ponta Grossa. Segundo a Câmara Brasileira da Industria da Construção (CBIC), os pagamentos por parte do Governo estão em 60 dias de atraso e somam aproximadamente R$ 500 milhões apenas na Faixa 1 programa, que atende as famílias de renda de até R$1,8 mil. 

Em Ponta Grossa, o efeito tem sido direto nos pequenos construtores. Segundo o vice-presidente da Associação Paranaense de Construtores de Ponta Grossa (APC), Fabiano Gravena Carlin, as consequências da inadimplência do Governo Federal começaram a ser sentidas há duas semanas, principalmente com a paralisação de novos contratos de financiamento por parte da Caixa. 

“É importante diferenciar esse atraso nos repasses. Para as grandes construtoras que operam no Faixa 1, com um subsidio maior do governo, o atraso dos repasses está a mais tempo. Para nós isso começou a impactar agora, umas duas semanas mais ou menos, quando a Caixa parou de rodar os contratos de financiamento por falta de recursos”, afirma o vice-presidente da APC.

Carlin explica que o congelamento dos novos contratos é preocupante, principalmente dentro do modelo de trabalho adotado pelos pequenos construtores em Ponta Grossa. Um dos principais problemas seria em relação a segurança em ter os recursos para cumprir com os compromissos com trabalhadores e fornecedores. “O pequeno construtor, ele constrói 100% com capital próprio, regulariza essa obra e, só depois de pronta, que o comprador busca o financiamento na Caixa. Só aí que o dinheiro volta para o construtor. Para nós, quando você deixa de assinar um contrato gera bastante insegurança, quebra toda uma cadeia produtiva”, explica. 

Atrasos podem afetar empregos na construção civil

A Cbic estima que o atraso nos repasses do MCMV vá atingir 512 empresas e mais de 200 mil funcionários em todo Brasil. Carlin comenta que o impacto da ausência dos financiamentos MCMV para os pequenos construtores de outras faixas afetam a geração de emprego na região. “Quem estava aguardando para iniciar investimentos  e começar outras obras segura, isso acaba gerando desemprego. Esse dinheiro não vem, e ele compromete folha de pagamento, pagamento para fornecedor, compromete toda a cadeia produtiva”, conclui.

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