Dinheiro
Emater ajuda produtores a aumentar produtividade e renda
Da Redação | 30 de agosto de 2019 - 01:01
Projeto contribui há 20 anos com os pequenos produtores de feijão e de milho
Produtores paranaenses se preparam para o início do plantio
de mais uma safra de verão. Por isso, nesta semana, técnicos da Emater e
pesquisadores da Embrapa, Iapar, IAC e Syngenta se reúnem em Ponta Grossa para
definir as ações que devem ser realizadas através do projeto Grãos Centro-Sul
de Feijão e Milho, com cerca de 2 mil famílias de agricultores, em mais de 40
municípios nas regiões de Curitiba, Ponta Grossa, Ivaiporã, Guarapuava, Irati, Francisco
Beltrão, Pato Branco e União da Vitória.
O projeto Grãos de Feijão e Milho para o Centro-Sul do
Estado é desenvolvido pela Emater há 20 anos em parceria com o Iapar, Embrapa,
IAC, Syngenta e prefeituras. O trabalho
tem como objetivo levar tecnologias capazes de ajudar as famílias atendidas a
aumentar a produtividade das culturas de milho e feijão, cuidando do meio
ambiente, ganhando mais dinheiro e melhorando a condição de vida delas na
propriedade.
Os dados obtidos na safra 2017/2018 ilustram bem os resultados
positivos da ação realizada pela Emater e seus parceiros. No caso da cultura do
feijão, a produtividade média obtida nas lavouras consideradas referências do
Projeto foi de 37,5 sacas por hectare, com índice máximo de 60,7 sacas por
hectare, enquanto que, no mesmo ano, a média estadual chegou a 24,5 sacas por
hectare e no Brasil em apenas 16,3 sacas de feijão por hectare.
Com a cultura do milho o sucesso
se repete. Se a produtividade média nacional da safra 2017/2018 ficou em 80,9
sacas por hectare e no Paraná 81,3 sacas, as unidades demonstrativas orientadas
pelo projeto Centro-Sul de feijão e milho atingiram a marca média de 155,1
sacas de milho por hectare, com a produtividade máxima de 225 sacas por hectare
O coordenador estadual desta ação, o engenheiro agrônomo Germano
Kusdra, da Emater de Ipiranga, conta que a transferência dessas tecnologias que
ajudam os produtores a conquistarem os bons resultados agronômicos, econômicos,
sociais e ambientais é feita com a colaboração de outras 120 famílias.
"Esses produtores cedem as suas propriedades para os técnicos da Emater
instalar o que nós definimos como unidades demonstrativas. Não são campos de
experimentos, são áreas que o agricultor toca do jeito que sempre faz, apenas
aplicando os protocolos que o Projeto recomenda", explica.
As tecnologias, apresentadas como solução para os produtores
participantes do Projeto, primeiro levam em conta a necessidade de cuidar bem
do solo. "Isso inclui uma correta
avaliação das condições de fertilidade, visando a recomendação racional dos
corretivos e adubos; e, a promoção da rotação de culturas e do plantio direto
na palha, que além de facilitar o desenvolvimento do sistema radicular das
plantas, a absorção mais eficientes dos nutrientes disponíveis, também
contribui com a melhor retenção das águas das chuvas, diminuindo o processo
erosivo e os prejuízos provocados por eventuais períodos de estiagem",
relata Germano.
Depois, vem a escolha de cultivares melhoradas
geneticamente. A maioria delas desenvolvidas pelo Iapar, IAC, Syngenta e
Embrapa, instituições parceiras do Projeto. "Na condução das plantações,
ainda temos o cuidado de usar as ferramentas químicas, como os inseticidas e fungicidas, apenas quando
realmente é necessário e, mesmo nesses casos, fazendo a opção por produtos mais
seletivos e de menor impacto sobre o meio ambiente. Claro, e sempre tendo o
cuidado de empregar uma boa tecnologia de aplicação, evitando derivas para
outras lavouras, para outras propriedades, e assegurando que o produto aplicado
de fato atinja seu alvo e traga o resultado esperado pelo produtor e o técnico
responsável pela orientação", acrescenta o extensionista da Emater.