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Preço da carne bovina sobe 30% em três semanas

Com o aumento dos preços, os empresários já relatam uma 
queda na venda dos produtos, que são perecíveis
Com o aumento dos preços, os empresários já relatam uma queda na venda dos produtos, que são perecíveis -

Incremento ocorre devido à alta nas exportações para a China. Carne suína e de frango também tem incremento 

O preço da carne bovina disparou em todo o país e em Ponta Grossa desde a primeira quinzena de novembro. No período de apenas três semanas o valor ao consumidor cresceu cerca de 30% no município. Em São Paulo, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP), o aumento no decorrer do mês de novembro chegou a 35%, atingindo o maior valor real desde a criação do Plano Real. O principal motivo é nacional: as exportações da carne bovina brasileira para a China, país que está com grande demanda de importação e favorecido pela alta cotação do dólar. 

Renato Vivan, proprietário da Vivan Carnes, um dos mais tradicionais açougues da cidade, explica que essa grande alta foi uma surpresa, especialmente por ser alavancada em apenas uma semana. “No preço do boi inteiro, na primeira semana eu paguei cerca de R$ 1,50 a mais. Na semana seguinte foi mais entre R$ 1,50 e R$ 2 o custo, e na terceira semana aumentaram quase R$ 5”, destaca o empresário, que comercializa a carne bovina de animais angus rastreados. Contudo, nesta semana deu uma estabilizada, e os preços da semana passada foram mantidos. 

A alta, informa Vivan, já trouxe grande impacto para as vendas em seu estabelecimento: as pessoas não deixam de consumir, mas compram menos ou migram para outro tipo de carne. Tanto que ele não repassou a alta integral aos seus clientes. “Para mim essa alta já chegou aos 40%. Mas eu não repassei tudo o que subiu para nós; estamos segurando em cerca de 30% o reajuste aos clientes por conta da queda nas vendas”, explica. 

Com a grande elevação nos preços da carne bovina, automaticamente os preços das outras carnes, como a suína e a de frango, também foram elevados – é a lei da oferta e da procura. Contudo, a elevação não chegou nem na metade do que subiu a carne bovina. “A diferença foi mais baixa, não na proporção do boi: no frango a alta foi cerca de 10% a 15%, e o frango também subiu nessa faixa”, informou.

Valor não deverá ter retração

No momento, não há a previsão de uma redução no valor. A informação foi revelada na última semana pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Renato Vivan concorda com a informação e acredita que também não deverá passar muito do valor atual. Vivan não vê a possibilidade de baixa especialmente pela sazonalidade dos meses de dezembro e janeiro. “Já chegou a um patamar alto e nessas festas se consome mais carne, tanto em dezembro quando em janeiro, quando o consumo não baixa. Vamos ver de fevereiro em diante, mas se as exportações estiverem como estão, não deverá baixar mais”, relata.

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