Polícia em greve e Educação paralisada

O momento preocupante pelo qual passa o Paraná, com ocupações de escolas públicas e greve dos professores e dos policiais civis, enseja um imediato posicionamento do Estado, no sentido de buscar uma solução o mais rápido possível. É dever, também, de as lideranças políticas realizarem uma intervenção proativa em busca do consenso.

A crise estabelecida na Educação começou na semana passada com a ocupação dos colégios. Em Ponta Grossa são mais de 20 instituições sem aulas. Em todo o Paraná, o número de escolas ocupadas pelos estudantes que são contra a Medida Provisória que propõe uma reforma no ensino médio no país é superior a 200. Na última quinta-feira, os professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) entram em greve por tempo indeterminado.

Os problemas na área de Educação, do Paraná, deverão se agravar a partir desta segunda-feira com o início da paralisação dos professores da rede estadual. O principal motivo é o não pagamento da data-base para janeiro de 2017, que era a conquista da última greve dos educadores. Foi enviada uma proposta à Assembleia Legislativa para "suspender o pagamento do direito e condicionar o pagamento das promoções e progressões (mais de R$ 600 milhões em atraso) às sobras do caixa do Estado". 

Em nota emitida ao Jornal da Manhã, a Secretaria de Estado da Educação (Seed), reitera que tem mantido o diálogo aberto, com a realização de reuniões periódicas na secretaria e na Casa Civil. Afirma também que todas as demandas dos professores e funcionários da educação estão sendo analisadas. Em relação à principal reivindicação, do pagamento das promoções e progressões, a Seed afirma que pretende implantar esses pagamentos a partir de janeiro de 2017.

Hoje, também, começa a greve dos policiais civis, em prejuízo às investigações, cumprimento de mandados de prisão e de buscas, confecção de flagrantes e atendimento à população.