Editorial
Os números da covid e os impactos no cotidiano de PG
Da Redação | 12 de outubro de 2021 - 00:24
O enfrentamento à covid-19 depende de ações conjuntas,
persistência, disciplina e respeito integral às orientações das autoridades
médicas. A doença teve um impacto significativo em toda sociedade, que teve
suas ações reguladas nessa pandemia por medidas restritivas. Em Ponta Grossa, sucessivos
impactos negativos foram observados desde os registros de primeiros casos. A
cidade tenta, lentamente, retomar a normalidade. São mais de 1,306 mil mortes. São
milhares de famílias enlutadas e destroçadas por essa tragédia que infelizmente
ainda não terminou. Tamanho sofrimento não pode ser menosprezado ou esquecido.
Pelo contrário. Deve servir para que lições sejam tiradas sobre as prioridades
e escolhas.
Dezenove meses após registrar a primeira morte por
covid-19, o Brasil chegou à marca de 600 mil vidas perdidas pela doença. Com
mais 615 óbitos computados pelo Ministério da Saúde, o país soma 600.425 óbitos
para o vírus que mudou a história do mundo. Em todo o planeta, somente o Brasil
e os Estados Unidos ultrapassaram a barreira de 600 mil mortes.
A primeira morte por covid-19 no Brasil foi registrada em 17
de março de 2020. Em agosto do mesmo ano, o País já havia chegado a 100 mil
mortes. Em janeiro de 2021, o número chegou a 200 mil e o ritmo das mortes
acelerou, com a marca de 300 mil mortos registrada em março e de 400 mil em
abril. Com o andamento da vacinação, o ritmo de crescimento no número de óbitos
desacelerou. A marca de 500 mil mortes foi registrada em junho de 2021 e nesta
sexta-feira (8), quase três meses depois, o número chegou a 600 mil mortes.
Das mais de 600 mil mortes, 405.476 foram em 2021. O número
representa 67,5% do total. O mês em que morreram mais pessoas por covid-19 no
país foi março de 2021, enquanto abril foi o mês com o maior número de
notificações de mortes. Depois do pico, os números caíram a cada mês até que
chegaram ao menor patamar de registros mensais em setembro.
Para especialistas, a marca escancara uma sucessão de erros
protagonizados, em larga medida, pelo governo federal desde que a pandemia
chegou. As falhas passam desde a negação da gravidade da situação e da doença,
o atraso na compra de vacinas e o desestímulo de medidas básicas, como o uso de
máscara. Além de abreviar a vida de centenas de milhares de brasileiros e
provocar uma dor profunda na alma do país, a pergunta que permanece é como será
o Brasil após ultrapassar essa marca trágica e emblemática da covid-19.